O Waldorf Astoria, um dos hotéis mais emblemáticos do mundo, reabriu oficialmente nesta semana em Manhattan, Nova York, marcando o retorno de um símbolo do luxo e da história nova-iorquina. Fechado desde 2017 para uma reforma que consumiu bilhões de dólares, o hotel — famoso por abrigar desde discursos de Albert Einstein até shows de Frank Sinatra — ressurge com sua imponente fachada Art Déco restaurada e interiores modernizados, sem perder a essência que o tornou lenda.
Fundado em 1893 como dois hotéis separados (Waldorf e Astoria), o empreendimento consolidado em 1931 na Park Avenue foi palco de eventos históricos, como a Conferência Mundial da Paz de 1949 e a estreia do vinil em 1948. Sua lista de hóspedes inclui nomes como Cole Porter, que viveu no local por 30 anos, e o ex-presidente Herbert Hoover. A reforma foi liderada pelo grupo chinês Anbang – que adquiriu o hotel em 2014 por US$ 1,95 bilhão – e transformou parte dos quartos em condomínios de luxo, enquanto preservou áreas protegidas como marco histórico.
Além da estrutura física, o Waldorf carrega um legado cultural único: foi o primeiro hotel do mundo a oferecer luz elétrica e banheiros privativos, além de ter criado a famosa salada Waldorf. Seus corredores já viram desde reuniões secretas da Guerra Fria até festas de Marilyn Monroe e John F. Kennedy. Agora, com a reabertura, o hotel se prepara para escrever um novo capítulo — incluindo a volta de seus restaurantes clássicos, como o Peacock Alley, e a reativação do misterioso “Trilho 61”, plataforma privativa usada por presidentes como Roosevelt para entrar discretamente no local.