Wagner Moura interpreta Sérgio Vieira de Melo em novo filme

A cinebiografia, que estreia nesta sexta (17) na Netflix, conta a história do brasileiro que ocupou o maior cargo diplomático na ONU e dedicou sua vida aos direitos humanos

Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com.br

A vida do diplomata brasileiro Sergio Vieira de Melo ganha ares de filme e será contada a partir desta sexta-feira (17), com o lançamento do drama biográfico “Sergio”, na Netflix. Protagonizado pelo ator brasileiro Wagner Moura, o longa-metragem discorre sobre a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e os últimos momentos do alto-comissário das Organizações das Nações Unidas (ONU), morto aos 55 anos em um ataque à sede da instituição, localizada em Bagdá. O ano era 2003.

Também produtor do longa, Wagner Moura disse em recente entrevista ao Canal Brasil que “Sérgio” é mais que um filme, mas um projeto ambicioso seu, “que é: produzir o que me interessa, o que quero fazer. Eu quero falar de nomes relevantes da América Latina, inseridos em contextos reveladores. Sergio foi o primeiro projeto nessa linha. E temos grandes nomes, né?”. “É um filme sobre empatia e sobre um homem que dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos”, definiu ele.

Dirigida por Greg Barker e com roteiro assinado por Craig Borten, a superprodução conta no elenco com os atores Garret Dillahunt (William von Zehle), Brían F. O’Byrne (Gil), Will Dalton (Andre Valenton), Clemens Schick (Gaby), Bradley Whitford e Ana de Armas, que interpreta a personagem Carolina. Na cinebiografia, Sérgio Vieira de Mello é colocado como um poderoso oficial da ONU. Na instituição, ele exerceu o posto diplomático mais alto ocupado por um brasileiro. Sua morte, que comoveu o Brasil e o mundo, foi reivindicada pelo grupo Al-Qaeda.

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Durante a entrevista, Wagner Moura ainda avaliou a chegada do novo coronavírus e falou sobre o lançamento do filme “Marighella” – sua primeira direção -, cujo lançamento estava previsto para 14 de maio e foi adiado por conta da pandemia. Confira:

Covid-19

“Esse momento mostrou toda a fragilidade dos líderes mundiais diante de uma crise como a que estamos passando. Essa crise vai aumentar a desigualdade social e econômica no mundo. O momento é de olhar para dentro e refletir como vai ser a vida pós-corona. Vai ser diferente”. Ele conta também como está a rotina com a família em Los Angeles: “Estamos bem aqui, a onda está muito boa em casa. Estamos juntos, acompanhando de perto os estudos das crianças. Estou lendo bastante, assistindo alguns filmes e séries antigos com a família. A primeira coisa que a gente vai fazer quando tudo isso passar é voar pra Bahia”, diz.

“Marighella”

Wagner Moura disse que seu próximo projeto é o lançamento do longa “Marighella”. “Foi muito frustrante não lançar o filme em novembro de 2019 por causa do Governo (Federal). Eu poderia lançar na internet, mas não quero, meu filme vai estrear nos cinemas e tenho certeza de que vai ser muito bem aceito.” Segundo avalia, o audiovisual brasileiro já estava parado antes da pandemia. “A arte é um remédio mental e espiritual”, disse. “Marighella” já havia sido aplaudido de pé no Festival de Berlim.

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