Viúva de Gal Costa realizava golpes e sabotagem de projetos, diz revista

Uma reportagem investigativa publicada pela revista Piauí revela uma conturbada relação entre a empresária Wilma Petrillo e Gal Costa ao longo dos últimos 30 anos. O texto, assinado pelo jornalista Thallys Braga, apresenta depoimentos de ex-funcionários, amigos e parentes que detalham acusações de assédio moral, ameaças e golpes financeiros supostamente cometidos por Petrillo, que agora é viúva da cantora. Além disso, ela é acusada de levar Gal à falência.

Diversos episódios são relatados, incluindo um caso em que Wilma teria deixado de pagar contas de luz e gás da residência em que viveu com Gal em São Paulo, resultando em um calote exposto pela imprensa. Outro relato envolve o médico Bruno Prado, que emprestou dinheiro a Wilma para uma cirurgia nos olhos, mas não recebeu o pagamento acordado. Após cobrar a dívida, ele afirma ter sido ameaçado e excluído dos círculos sociais de Gal. Em retaliação, Bruno, que é gay, mas à época não tinha falado sobre sua orientação sexual para a família, teria ouvido de Wilma: “Se você continuar me cobrando, eu vou fazer uma coisa muito bonitinha: conto pro teu pai que você é viado”. Tempos depois, deixou de ser convidado para shows e para a casa de Gal.

Ricardo Frugoli, produtor musical, descreve a dificuldade de trabalhar com Wilma Petrillo, mencionando que a empresária teria prejudicado a carreira de Gal Costa, resultando na perda de oportunidades de shows no Brasil e no exterior. Frugoli chegou a alertar Gal sobre as suspeitas de roubo, mas a cantora mostrou-se furiosa e o assunto não foi mais discutido. “Durante muito tempo, fui o cara que não deixou a bomba explodir. Continuar ali era importante para protegê-la do que vinha acontecendo na carreira e dentro de casa”, explica.

Outro caso destacado é o convite feito a Gal para se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York. Segundo relatos, Wilma teria alegado que a cantora não gostava de se apresentar nos Estados Unidos, o que foi negado veementemente por Gal e seus amigos: Gal não voltava aos Estados Unidos por medo de ser presa, já que vendeu um imóvel em Nova York e Wilma, responsável pela negociação, não pagou os devidos impostos.

Ney Matogrosso recordou de um encontro com Gal no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, depois de algum tempo sem ver a artista. “Você não gosta mais de mim?”, perguntou Gal, provocando surpresa. “Nós fomos muito íntimos, era uma delícia me encontrar com ela. Falávamos de sacanagem, dávamos beijinhos, vivíamos toda aquela loucura que só quem viveu os anos 1970 sabe”, disse. “Diante de uma pergunta como aquela, eu só pude responder: ‘Como eu não gosto de você, Gal? Eu te amo’. Daí ela me disse ‘Então por que você recusou as duas vezes que eu te pedi para me dirigir no palco?’”.

O cantor lembra que recebeu apenas um convite e que aceitou prontamente. No entanto, depois de pedir que enviassem um disco físico para que pudesse entender o projeto, foi ignorado. Um dia, Petrillo ligou afirmando que não havia mais tempo hábil para executar o projeto. “Ela foi tão definitiva com a resposta negativa que eu preferi nem questionar a decisão”, conta. Gal chegou a perguntar na ocasião “se o nome da pessoa que tinha negado começava com a letra W”. Constrangido, ele se negou a responder, ao passo que a cantora murmurou: “Eu sei que foi ela”.

Sônia Braga também teria se afastado de Gal após ter sido vítima de um suposto golpe. A reportagem completa pode ser lida aqui.

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