Em um gesto de profundo respeito e solidariedade, a Unidos da Tijuca anunciou que não terá rainha de bateria no Carnaval de 2025. A decisão foi tomada após a cantora Lexa, escolhida para o posto neste ano, compartilhar a triste notícia da morte de sua filha, Sofia, nesta segunda-feira (10). A escola de samba optou por não substituir a artista, mantendo o cargo vago como uma forma de homenagem e apoio à família em um momento de dor.
Em nota, a agremiação expressou seu carinho e consideração por Lexa, que estava afastada do posto devido ao estado crítico de saúde durante a gravidez. “Nossa pequena Sofia será, agora e para sempre, uma estrela a iluminar a vida de seus pais e familiares, e também uma estrela a iluminar os nossos caminhos. E é por respeito, consideração e carinho, que anunciamos a decisão de não estabelecer ninguém à frente da bateria Pura Cadência para esse Carnaval, num gesto de empatia, de importância e de homenagem”, diz um trecho do comunicado.
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A mensagem da escola também trouxe palavras de conforto e espiritualidade, fazendo referência a Oxum, orixá da fertilidade e da maternidade, que é a padroeira da Unidos da Tijuca. “Oxum, senhora da fertilidade, da maternidade e do amor, é a mãe de Logun-Edé, nosso enredo para o próximo Carnaval. Junto a cada mãe que chora, está o choro de Oxum, e é nos braços dela, onde nos encontramos acolhidos, repletos de amor, doçura e afeto, que desejamos que toda a família esteja nesse momento”, destacou a nota.
Lexa havia anunciado nas redes sociais que sua filha, Sofia, nasceu no dia 2 de fevereiro, data que também homenageia Iemanjá, mas faleceu três dias depois. A trágica notícia comoveu fãs e colegas de profissão, que têm demonstrado apoio à cantora. A decisão da Unidos da Tijuca reforça a importância da empatia e do respeito em momentos de luto, transformando a dor em uma homenagem simbólica e cheia de significado.
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