Totonho Laprovitera participa de exposição celebrada pela comunidade judaica em SP 

Artista faz releitura visual de tradicional peça da cultura hebraica a convite de tradicional associação paulista; Obras expostas participarão de leilão beneficente

Arquiteto, artista, colunista d’O Otimista e apresentador do “Mosaico”, na TV Otimista, Totonho Laprovitera segue levando sua arte para o Brasil. Atualmente, ele está com peça exposta no Salão Marc Chagall do Clube A Hebraica, em São Paulo. 

O elemento central da mostra é o sevivon, pião típico da festa judaica de Chanucá. A convite do Beit Chabad Central, duzentas pessoas, entre elas 40 artistas, realizaram intervenções artísticas em reproduções da peça. A proposta é que um aconteça leilão de arte, com receitas revertidas para suas iniciativas de cunho social. 

Totonho é um dos artistas que aceitou participar da ação. Ele conta que criou sua peça baseada na história da criação do sevivon. “Levando em conta a expressão ‘um passarinho me contou’, risquei desenhos de pássaros para as quatro faces do pião. Libertos e soltos, cada pássaro espalha o canto de seu canto”, explica o artista. 

A obra de Laprovitera foi exaltada por Evaristo Martins de Azevedo, membro da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Ele aponta que Totonho apresenta a cultura nordestina em sua peça com “lindos pássaros estilizados”. 

Também pontua que, a peça em questão ajuda a compor expressões e sentimentos que o remete à pluralidade, ao acolhimento e tolerância, exaltando a democracia e a inclusão que deveriam fazer parte da sociedade atual. 

Além do cearense, outros artistas de renome contribuíram para a exposição. Entre eles, OSGEMEOS, Antônio Peticov, Claudia Collares, Marysia Portinari, Cláudio Canato, Sérgio Guerini e Kobra. 

Sevivon

O sevicon é um pião representativo para a cultura judaica. Ele foi criado por rabinos como forma de manter estudos e a prática religiosa judaica, por volta de 180 a.C. No período, a leitura do Torá era proibida, assim como reuniões públicas. 

O pião entra na narrativa quando as autoridades apareciam para fiscalizar o cumprimento das leis. As peças eram jogados como brincadeira, como se aquela roda de pessoas estivesse ali reunida apenas para entretenimento de suas crianças. No entanto, eles estavam estudando seus textos sagrados. 

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