O cenário global do luxo presenciou uma notável inversão de fortunas. O LVMH, maior grupo de luxo do mundo, registrou uma queda impressionante de €221 bilhões (cerca de R$ 1,44 trilhão) em seu valor de mercado, desde 2023. Como reflexo, Bernard Arnault, CEO da companhia e uma das maiores fortunas do planeta, viu seu patrimônio pessoal encolher em US$81 bilhões (aproximadamente R$ 450 bilhões).
Diversas frentes contribuem para o declínio do conglomerado. A Dior apresenta desaceleração, a Moët Hennessy enfrenta a queda na demanda de seus produtos nos mercados dos EUA e China, e a Louis Vuitton tem sido alvo de críticas por uma suposta perda de clareza em seu branding. Diante desse cenário e a saída do top 3 das maiores empresas da Europa em valor de mercado, investidores têm pressionado por uma reestruturação da companhia, que atualmente gerencia mais de 75 marcas.
Enquanto isso, a Hermès segue uma trajetória oposta. A grife francesa tem crescido de forma silenciosa e consistente, mantendo uma estratégia focada na exclusividade e em altas margens de lucro, provando ser mais resiliente às turbulências do mercado.