“Rainha Charlotte”, série derivada do fenômeno “Bridgerton”, estreia nesta quinta na Netflix; saiba mais 

Minissérie Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton chega à Netflix nesta quinta (4), mostrando a jovem monarca tendo que lidar com as corruptelas do poder enquanto sustenta um apimentado romance com o Rei George III

Sâmya Mesquita
samya@ootimista.com.br

Um país que teve uma monarquia de menos de 100 anos, como o Brasil, acaba vendo com encanto o glamour da Família Real britânica. E quando ela aparece em uma ficção histórica, levemente inspirada em fatos reais, com uma narrativa tão próxima e envolvente, o encanto se transforma em fixação. Esta, talvez, seja a chave do sucesso da série de livros Os Bridgertons, de Julia Quinn, que inspirou a série homônima da Netflix. Mas enquanto os fãs esperam pela terceira temporada, é a rainha regente Charlotte (India Amarteifio/Golda Rosheuvel) quem ganha protagonismo, em uma minissérie de seis episódios que promete tirar o fôlego a partir desta quinta-feira (4).

Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton se passa décadas antes dos acontecimentos que culminaram no imbróglio entre o Duque de Hastings e Daphne Bridgerton. A esposa do Rei George III (Corey Mylchreest/James Fleet) é apresentada, no auge de seus 17 anos, quando ainda sequer tinha sido coroada. Além de buscar por um amor dentro do casamento, a jovem rainha precisa dimensionar a importância de seu papel como monarca, guiando o marido para um novo século.

Os traços de personalidade forte da protagonista trazem familiaridade às duas temporadas anteriores, junto com outros personagens queridos, como Lady Danbury (Arsema Thomas/Adjoa Andoh) e Violet Bridgerton (Connie Jenkins-Greig/Ruth Gemmell). Além disso, a própria história de amor recheada de cenas picantes repete a fórmula de Bridgerton, envolvendo a audiência em drama, romance e intriga.

Antes mesmo de sua estreia, a minissérie já alcançou um feito raro: uma aprovação de 100% no avaliador Rotten Tomatoes. Os principais elogios se referem ao fato de que a produção é um espetáculo aos olhos, recheado de críticas e risadas. Entretanto, alguns criticam o projeto por sua liberdade criativa em, por exemplo, elencar atores negros para papéis na monarquia. Mas mesmo nesta crítica à ficção, há uma brecha.

O casal real

A showrunner da série, Shonda Rhimes, inspirou-se em uma dinastia real da monarquia britânica. E a cor da rainha pode ter uma inspiração científica. O historiador estadunidense Mario de Valdes y Cocom revelou, em um documentário da Frontline PBS em 1996, que antigos registros sobre Sophie Charlotte de Mecklenburg-Strelitz (1744-1818) indicam sua descendência de uma nobre de origem negra, que pertencia a uma ramificação da Casa Real Portuguesa, chamada Margarita de Castro y Sousa. O estudo destaca que pinturas da rainha a exibem com traços negros, mas com a pele clara para encobrir sua origem. Há também registros de aristocratas da época que fizeram comentários racistas.

Já o Rei George III, que já foi retratado na ficção no musical Hamilton (2020), esteve doente, de fato, a partir de 1765. A perda da filha Amélia, de 15 anos, somada a convulsões, divagações, depressão, incapacidade de andar e até mesmo perda de audição, visão e memória, deram-lhe o título de “O Rei louco que perdeu a América”.
Como a série terá duas linhas temporais, acredita-se que teremos um desfecho do Rei, enquanto nos apaixonamos pelo jovem casal real.

Assista ao trailer da minissérie:

Serviço

Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton

Estreia nesta quinta (4) na Netflix

Classificação indicativa: 16 anos

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