Um Lugar ao Sol, primeira novela inédita da Globo na faixa das 21h após a pandemia, estreia hoje (8) com Cauã Reymond no papel dos gêmeos Christian e Renato. Alinne Moraes, Marieta Severo e Andrea Beltrão estão no elenco
Danielber Noronha
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Alinne Moraes como vilã, Andrea Beltrão retornando às novelas após 20 anos, Ana Beatriz Nogueira batendo ponto como a clássica mãe controladora e Marieta Severo incluída no pacote. Com a breve descrição, é possível dizer que Um Lugar ao Sol, folhetim da TV Globo marcado para estrear hoje (8) na faixa das 21h – o primeiro inédito após a pandemia! – tem tudo para render bons momentos aos telespectadores. Soma-se a isto os diálogos primorosos e bem escritos de Lícia Manzo, estreante no horário nobre da emissora. Com 107 capítulos já gravados, será uma das mais curtas feitas para a faixa e teve vários finais alternativos filmados, para evitar vazamentos.
Troca de lugar
A trama gira em torno dos irmãos gêmeos Christian e Christofer (Cauã Reymond), separados na primeira infância. Enquanto o primeiro cresce em um abrigo de Goiânia, o outro é adotado por uma família abastada do Rio de Janeiro e passa a se chamar Renato. Anos se passam até que os dois são colocados frente a frente pelo destino e, após uma série de infortúnios, Renato é dado como morto ao tentar pagar uma dívida de drogas adquirida pelo irmão recém-descoberto. Diante do ocorrido, Christian decide tomar para si a identidade de Renato. Ele deixa para trás a namorada Lara, personagem de Andréia Horta, e se casa com Bárbara, vivida por Alinne Moraes. A dúvida estabelecida é: por quanto tempo irá durar a farsa da troca de lugar?
Ao ser questionada, durante coletiva de imprensa de lançamento, pela escolha de uma trama principal já muito explorada em outras novelas, Lícia disse não acreditar em tramas repetidas. “Acredito em modo de contar. Acho que a autoria vem antes da história”, respondeu. Entre os assuntos a serem retratados em Um Lugar ao Sol estão gordofobia, preconceito social e racial, abuso emocional, dilemas femininos após os 50 anos, gravidez na adolescência e liderança feminina.
Obra curta
Inicialmente prevista para estrear em maio de 2020, a novela foi adiada em virtude da pandemia e irá ao ar totalmente gravada, prática incomum nas novelas, conhecidas por serem “obras abertas”, justamente pelo fato de sofrerem alterações no decorrer dos capítulos, a fim de se adequar aos gostos do público. Além disso, Um lugar ao Sol foi bastante encurtada. No plano inicial, teria 143 capítulos. Depois, ganhou mais 12. Contudo, vão ao ar apenas 107, número relativamente baixo quando comparado a outras que tiveram mais de 200, como é o caso de Amor à Vida (2013), que somou 221.
Lícia Manzo ficou conhecida ao contar a história das irmãs Ana e Manuela, em A Vida da Gente (2011) e, na sequência, veio Sete Vidas (2015), ambas para o horário das 18 horas. Apesar de muito elogiada pela crítica especializada a respeito de como conduz os dilemas dos personagens e os diálogos dos mesmos, ela não é unanimidade entre o público e também não é sinônimo de audiência. Nos dois trabalhos mencionados, os números se mantiveram dentro da média, sem grandes picos. Agora, dará o maior passo da carreira até então e ainda tem a missão de alavancar o horário após a morna exibição especial de Império (2014). Os próximos capítulos vão dizer como serão os rumos dessa história.
Serviço:
Um Lugar ao Sol
Nova novela das 21h
Estreia hoje (8)
TV Globo