PPP deve elevar uso de energia renovável para 45% da demanda dos órgãos públicos de Fortaleza

Entre 40% e 45% da energia consumida por unidades de saúde, escolas e outros orgãos da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) devem passar a ser de origem solar ou eólica. A ideia é atualizar equipamentos de iluminação e ar condicionado e instalar geração de energia renovável por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), para ter mais eficiência energética e reduzir custos.

No momento, está em curso o projeto para as unidades de saúde municipais. Devem participar do projeto, dividido em duas etapas, 177 unidades consumidoras (120 postos de saúde, 15 Centros de Atenção Psicossocial, 9 hospitais secundários, 3 Unidades de Pronto Atendimento, 19 unidades administrativas e 11 unidades de atendimento diversas), além do Instituto Dr. José Frota (IJF).

O edital para a parceria foi apresentado em audiência pública na última segunda-feira, 14, no Paço Municipal, e está aberto para consulta e sugestões até o dia 29 de outubro. O coordenador de PPPs da PMF, Rodrigo Nogueira Diogo, espera que o processo licitatório seja concluído nos primeiros meses de 2020. A parceria demandará investimentos estimados em R$ 101 milhões, sendo R$ 66 milhões para o conjunto de unidades mantidas pela Secretaria de Saúde e R$ 35 milhões para o IJF.

Rodrigo destaca ainda que esta é a segunda etapa do projeto de PPP para melhorar a eficiência energética da Prefeitura. “A primeira etapa foi com os equipamentos da Secretaria da Educação, totalizando 490 unidades, a segunda é esta da Saúde e a terceira será outros 150 órgãos da administração pública”.

De acordo com Rodrigo, os gastos atuais com energia das secretarias municipais de saúde e educação são de R$ 14 milhões ao ano, sendo quase 30% só do IJF. “Além do aspecto da sustentabilidade, vamos racionalizar os custos e teremos as contas de energias reajustadas pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), não mais pela tarifa das empresas. Desde o início da gestão Roberto Cláudio, a tarifa de energia elétrica subiu quase 80% e a arrecadação de Fortaleza 30%”, avalia.

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