Estreia nesta quarta-feira (16), na Netflix, série documental que reconta os passos de um dos maiores roubos da história do Brasil: o assalto ao Banco Central, em Fortaleza. Produção traz depoimentos de policiais e de criminosos envolvidos no caso
Danielber Noronha
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Por um pequeno buraco no chão, uma quadrilha de 34 pessoas conseguiu burlar a segurança de um banco e extrair incríveis R$ 164,7 milhões. À primeira vista, parece uma breve descrição de algumas das temporadas do fenômeno La Casa de Papel. Porém, trata-se de uma história real e bem próxima de nós: o assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza, ocorrido em agosto de 2005. O roubo que entrou para a história como um dos maiores de todos os tempos é revisitado novamente, desta vez em uma série documental brasileira que chega ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira (16).
3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central reconstitui os detalhes do roubo a partir de depoimentos inéditos de policiais e criminosos que estiveram entre os responsáveis pelo crime, além de um amplo material de arquivo. O nome faz alusão à quantidade de dinheiro que a quadrilha conseguiu tirar do banco, que, somada, pesava mais de três toneladas em notas de R$ 50.
Detalhes revelados
Com três episódios de 50 minutos cada, o documentário recria momentos cruciais do jogo de gato e rato entre os bandidos e a Polícia Federal, que se estendeu por cinco anos de investigação. A produção traz, ainda, detalhes incomuns sobre o furto e as trágicas consequências dele, incluindo um rastro de extorsões, sequestros e assassinatos. Produzido pela Mixer Films para a gigante do streaming, o documentário tem direção e roteiro de Daniel Billio, e direção geral de Rodrigo Astiz.
Esta não é a primeira vez que uma obra se propõe a recontar os passos do assalto em questão. Em 2011, foi lançado o longa-metragem Assalto ao Banco Central, inspirado no ocorrido. A trama acompanha a quadrilha do momento do planejamento do crime à fuga e também a descoberta do caso. O elenco conta com nomes como Eriberto Leão, Hermila Guedes, Milhem Cortaz, Lima Duarte, Giulia Gam e o cearense Gero Camilo. A direção é de Marcos Paulo.
Relembre o roubo
Conforme planejado pela quadrilha, o crime deveria ocorrer em meados de agosto de 2005, mas, por problemas internos, optou-se por fazer a incursão ao banco na madrugada do dia 5 para o dia 6. Eles fizeram o percurso até o caixa-forte do empreendimento por meio de um túnel de quase 80 metros de comprimento. O caminho feito pela quadrilha partia de uma casa alugada por ela mesma, situada na avenida Dom Manuel, na região do Centro de Fortaleza. O crime, porém, só foi descoberto pelas autoridades na segunda-feira, 8, na abertura do Banco Central para o funcionamento normal. De todo o montante roubado, a Polícia recuperou apenas R$ 30 milhões, valor que foi dilatado para R$ 60 milhões com a venda de bens dos assaltantes ou pelo resgate de quantias em espécie durante as investigações.
Serviço
3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central
Série documental brasileira em três episódios estreia nesta quarta (16), na Netflix