O Museu do Louvre abriu suas portas para uma inédita e marcante exposição que aproxima as fronteiras entre a arte e a moda. Intitulada “Louvre Couture, Arte e Moda: Peças Manifestos”, a mostra, que ficará em cartaz até 21 de julho de 2025, apresenta criações de 45 estilistas renomados, como Chanel, Versace, Dior e Yves Saint Laurent. São 70 peças de vestuário e 30 acessórios, expostos nas imponentes galerias do museu, que agora estabelecem um diálogo fascinante entre a história da moda e a arte clássica.
Embora seja a primeira vez que o Louvre recebe peças de moda, o vestuário já permeia suas coleções tradicionais. Obras como “A Rendeira”, de Vermeer, e “Grande Odalisca”, de Ingres, revelam a importância das roupas — ou da sua ausência — na expressão artística ao longo dos séculos. A presidente do museu, Laurence des Cars, destaca a relevância da mostra: “É essencial que o Louvre continue se conectando com novas gerações, ajudando a compreender o mundo contemporâneo. Esta exposição faz exatamente isso”.
A exposição celebra não apenas o impacto da moda no mundo moderno, mas também suas raízes profundas na história e na arte. Entre os destaques está um vestido Dolce & Gabbana bordado com cristais, inspirado nos mosaicos venezianos do século XI, além de uma peça da Dior, que homenageia o Rei Sol e dialoga com retratos barrocos de Luís XIV.
O diálogo entre estilistas e a história do Louvre está personificado em obras como a silhueta Dior “Musée du Louvre” e em criações de Karl Lagerfeld, que via o museu como seu “segundo estúdio”. Uma jaqueta bordada da Chanel, inspirada em uma cômoda do século XVIII, é um exemplo do intrincado cruzamento entre design de moda e arte decorativa.
Com a aproximação da Semana de Moda de Paris e um evento grandioso planejado para março — o “Grand Dîner”, já chamado de “primeiro Met Gala francês” —, “Louvre Couture” promete ser o ponto de encontro perfeito entre a moda contemporânea e a eternidade da arte.