O Museu da Imagem e do Som do Ceará promove nesta semana um show do artista Rodger Rogério com o músico Vitoriano. O museu também realiza nova sessão na sala imersiva adaptada para pessoas com autismo, a fala aberta “Travessias Compartilhadas: Acessibilidade nos Territórios da Cultura” e a roda de capoeira mensal. A nova exposição “Thomaz Farkas – A beleza diante dos olhos” segue em cartaz até 21 de novembro.
Show de Rodger Rogério e Vitoriano
O cantor e compositor Rodger Rogério e o também compositor e músico Vitoriano lançam na próxima sexta-feira (27), às 18h30, o disco “Instante Zero ou o Primeiro Sinal Luminoso”, na praça do MIS. O álbum, que será apresentado na íntegra, traz 14 músicas inéditas. A concepção do disco é assinada pela dupla e os arranjos, assim como a produção, são de Vitoriano. Em única apresentação, o show vai promover um encontro de diferentes gerações da música cearense e contará com os músicos Vitor Cozilos (guitarra), Plínio Câmara (guitarra e violão), Glauber Alves (contrabaixo) e Rami Freitas (bateria), contando ainda com a participação especial de Isadora e Luciana Marques. “
Rodger Rogério fez parte da geração que ficou conhecida como “Pessoal do Ceará”, no início dos anos 1970. Nos anos 1980, estudou teatro no Curso de Artes Dramáticas da UFC e fez-se ator. Acumula inúmeras participações em peças e filmes. Recentemente, conquistou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante na 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado, por sua atuação no filme “Oeste Outra Vez”. Paralela à carreira artística, manteve a vida acadêmica, formado em Física pela UFC, com mestrado na Universidade de Brasília (UnB), e depois dando aulas na Universidade de São Paulo (USP) e depois na UFC.
Vitoriano estreou na carreira musical no final da década de 1990 com a banda “Alegoria da Caverna”, onde era vocalista e compositor. Em 2007, fundaram a banda de baile “Os Transacionais”. Em 2009, Vitoriano lança seu primeiro disco solo. Em 2016, forma a banda “Vitoriano e Seu conjunto”, com a qual lança os álbuns “Para Manter a Loucura Estável” Parte 1 e Parte 2.
Instante Zero ou o Primeiro Sinal Luminoso” é um projeto aprovado no XIII Edital Mecenas do Ceará, conta com apoio institucional da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lei N° 18.012 de 1° de abril de 2022).
Sessão para pessoas dentro do TEA
Durante os sábados do mês de setembro, o MIS está promovendo na sala imersiva exibições adaptadas especialmente para o público neurodivergente, com foco em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essas sessões são mediadas pela equipe de Formação e Educação do MIS em parceria com a Associação Fortaleza Azul. Neste sábado (28), a sessão acontece das 13h às 14h, quando serão exibidas as obras “Aves do Ceará” e “fragmento-KYMERA”. Estão sendo ofertadas 30 vagas e as pessoas interessadas devem se inscrever via Sympla neste link. Cada participante deve vir com um acompanhante. Durante a sessão, a sala passará por uma série de ajustes para tornar a experiência mais confortável e acessível para o público alvo, como redução do volume, ajuste na iluminação e no roteiro das obras que serão exibidas.
Fala aberta
A fala aberta “Travessias Compartilhadas: Acessibilidade nos Territórios da Cultura” acontece no sábado (28), das 17h às 18h30, na praça do MIS, com a participação de Céu Vasconcelos, Thamyle Vieira e Weverson Martins. O evento integra a programação da 18ª Primavera de Museus, ação promovida anualmente pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus). Com o tema “Museus, acessibilidade e inclusão”, a 18ª Primavera dos Museus busca ampliar o debate sobre a democratização dos espaços museológicos, promovendo a reflexão sobre como os museus podem se tornar mais acessíveis a diferentes públicos, tanto em termos físicos quanto sociais e culturais.
A roda de conversa visa reunir vozes diversas e experientes para debater as possibilidades e desafios da acessibilidade nas práticas culturais contemporâneas, explorando as múltiplas perspectivas e experiências no desenvolvimento de práticas culturais acessíveis, analisando os desafios enfrentados e as soluções inovadoras aplicadas em diferentes contextos. O encontro busca destacar as interseções entre arte, cultura e políticas de acessibilidade, discutindo como essas áreas podem colaborar para criar espaços culturais inclusivos e transformadores. Ao reunir essas vozes, a fala aberta pretende fomentar um diálogo sobre a importância da acessibilidade na cultura como um direito fundamental e um caminho para a democratização do acesso à arte e à cultura.
Céu Vasconcelos é um artista visual com deficiência. Explora uma vasta gama de mídias, incluindo escultura, performance, vídeo-performance, instalação, intervenção digital e lambe-lambe. Sua produção artística é profundamente influenciada por sua pesquisa sobre a história das próteses, com o objetivo de desafiar e repensar as noções de normalidade, capacidade e humanidade. Através de seu trabalho, Céu questiona a normatividade corporal compulsória e o capacitismo presente no cotidiano, ao mesmo tempo em que propõe novas ficções e possibilidades corporais. Ao longo de sua carreira, Céu participou de importantes programas de residências artísticas e já teve seu trabalho exibido em diversas exposições.
Thamyle Vieira é uma mulher cega, ativista do movimento das pessoas com deficiência, pedagoga, mestranda em Economia e Política da Cultura e Indústrias Criativas pelo Itaú Cultural/UFRGS. Atualmente coordena a Célula de Acessibilidade da SECULT-CE e é consultora em acessibilidade cultural. Integra o grupo de Trabalho em Acessibilidade Cultural do Ceará e compõe o GT de acessibilidade da Funarte.
Weverson Martins é um jovem atleta com uma trajetória reconhecida nos esportes, especialmente na natação, onde conquistou várias medalhas em competições importantes. Além de seu sucesso esportivo, Weverson tem uma carreira dinâmica e significativa no campo educacional e acadêmico. Atualmente cursa Pedagogia Bilíngue na Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio de uma parceria com o Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES). Além disso, Weverson tem uma atuação destacada como arte-educador, tendo trabalhado na Pinacoteca do Ceará, onde utilizou sua experiência e habilidades para promover a inclusão e o acesso à arte para todos, especialmente para pessoas com deficiência auditiva.
Roda de capoeira
A já tradicional roda de capoeira do MIS ganha mais uma edição neste domingo (29), das 17h às 19h. A roda acontece sempre no último domingo de cada mês e é aberta a qualquer pessoa que deseje participar. A condução é de Mestre Urso Preto, da comunidade do Campo do América.
José Maria Pereira da Silva, que no mundo da capoeira é conhecido como Mestre Urso Preto, faz parte do Centro Cultural de Capoeira: Raízes Brasileiras. Há vários anos trabalha realizando trabalho social com capoeira em alguns bairros de Fortaleza. O grupo está situado na comunidade do Campo do América, na escola José Dias de Macedo, no bairro Meireles. O trabalho é realizado principalmente com crianças e adolescentes. Um dos principais objetivos é transmitir, por meio da capoeira, os valores da cultura e do esporte, tendo o respeito como principal base para todo o trabalho.
Nova exposição
No último sábado (21), o MIS inaugurou a nova exposição “Thomaz Farkas – A beleza diante dos olhos”. Com curadoria de Simonetta Persichetti e Rubens Fernandes Junior, o momento celebra o centenário do fotógrafo. A exposição segue em cartaz até 21 de setembro e ocupa diversos espaços do museu.
No espaço expositivo do andar + 2, está uma coleção de fotografias da autoria de Farkas, a partir dos diferentes ensaios que produziu no seu período áureo de criação. O respeito e a importância de Farkas também ficam evidenciados nos 10 retratos realizados pelos seus amigos, que melhor representam a fotografia brasileira contemporânea: Cristiano Mascaro, Bob Wolfenson, German Lorca, Luiz Carlos Felizardo, Cláudio Edinger, Juan Esteves, Márcio Scavone, João Farkas e Mestre Júlio.
A biblioteca do MIS, localizada no andar +1, é denominada Marly Mariano e Thomaz Farkas. Nas vitrines da biblioteca, encontram-se alguns livros e objetos agregados que pertenceram ao casal. Por meio de dedicatórias das amigas e dos amigos e de suas anotações conseguimos compreender o mundo fantástico em que Thomaz Farkas mergulhou.
Na sala imersiva, no andar -2, está em cartaz a obra audiovisual “Imaginário Farkas: uma experiência imersiva”, uma síntese do inventário de imagens e sons criados por Farkas. Com concepção, direção e dramaturgia de Wellington Gadelha, a obra é resultado de um exercício coletivo de criação entre artistas de Fortaleza e do Crato. O trabalho em grupo conta com a participação de Eric Barbosa, Matheus Rocha, Fabienne Maia, Diego Ricca, Rafa Diniz, FluxoMarginal e João Barreto.
Nos demais espaços do andar -2, outras informações complementam o universo criativo de Thomaz Farkas. A presença do cinema, das artes gráficas, da publicidade e da tecnologia denotam suas fontes permanentes de estímulo e inspiração.
Serviço
Museu da Imagem e do Som do Ceará
Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.
Funcionamento: Quarta e quinta de 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30. // Sexta a domingo de 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.
Entrada gratuita.
Programação: Instagram @mis_ceara
Show “Instante Zero ou o Primeiro Sinal Luminoso”, de Rodger Rogério e Vitoriano
Data: sexta-feira (27)
Horário: 18h30
Local: praça do MIS
Sessão adaptada na sala imersiva para pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (Parceria com a Associação Fortaleza Azul)
Data: sábado (28)
Horário: 13h às 14h
Local: sala imersiva (andar -2 do Anexo)
Público-alvo: pessoas neurodivergentes e com Transtorno do Espectro Autista
Inscrições: via Sympla neste link.
Fala aberta “Travessias Compartilhadas: Acessibilidade nos Territórios da Cultura”
Data: sábado (28)
Horário: 17h
Local: praça do MIS
Vem vadiar no museu – Roda de capoeira com Mestre Urso Preto
Data: domingo (29)
Horário: 17h às 19h
Local: Praça do MIS
Exposição “Thomaz Farkas – A beleza diante dos olhos”
Data: em cartaz até 21 de novembro.
Funcionamento: Quarta e quinta de 10h às 18h, com acesso às exposições até 17h30. // Sexta a domingo de 13h às 20h, com acesso às exposições até 19h30.
Local: vários espaços do MIS