O ator britânico Terence Stamp, conhecido mundialmente por interpretar o vilão General Zod em ”Superman” (1978) e ”Superman II” (1980), morreu neste domingo (17), aos 87 anos. A notícia foi confirmada pela família em comunicado à agência Reuters. “Ele deixa uma obra extraordinária, tanto como ator quanto como escritor, que continuará a emocionar e inspirar pessoas por muitos anos”, afirmou a nota, pedindo privacidade neste momento de luto.

Nascido em 1938 no East End de Londres, filho de um operador de rebocador, Stamp sobreviveu aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial antes de iniciar sua carreira artística. Ele trabalhou brevemente em publicidade até conquistar uma bolsa para estudar teatro. Nos anos 1960, tornou-se um dos rostos mais emblemáticos da cena cultural londrina, destacando-se tanto pelo talento quanto pela beleza e senso de estilo. Formou, ao lado de Julie Christie, um dos casais mais glamorosos da época e também se envolveu com a modelo Jean Shrimpton, além de inspirar o fotógrafo David Bailey.

Stamp foi indicado ao Oscar e construiu uma filmografia marcada por diversidade. Atuou em clássicos como ”Teorema” (1968), de Pier Paolo Pasolini, e ”Uma Estação no Inferno” (1971), além de viver uma mulher trans em ”Priscilla, a Rainha do Deserto” (1994). Trabalhou com cineastas renomados, entre eles Federico Fellini, e mais tarde participou de produções como ”Operação Valquíria” (2008), com Tom Cruise, e ”Os Agentes do Destino” (2011), com Matt Damon, além de colaborações com Tim Burton.

Após um período afastado dos holofotes, quando viajou para a Índia para estudar ioga, Stamp retornou às telas com seu papel mais icônico: o General Zod, líder dos kryptonianos exilados em Superman. A performance consolidou sua imagem em Hollywood e o marcou como um dos grandes vilões do cinema.