Na terra do forró, o jazz também tem seu espaço! O Otimista selecionou três diferentes lugares para se ouvir o estilo musical. Tem até confeitaria no meio. Todos eles respeitam os protocolos de segurança por conta da pandemia. Confira!
Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com.br
Conhecida por ser uma cidade onde se escuta muito forró, a capital cearense esbanja sonoridade e abraça os mais diferentes estilos musicais: samba, choro, rock, MPB, pagode, sertanejo, músicas carnavalescas, reggae, rap e também o clássico jazz. Desta quarta (27) até sexta-feira (29), espaços da cidade estão com uma programação especial para celebrar esse gênero musical – cujas raízes estão na música negra -, nascido em 1890 em Nova Orleans (EUA).
“O jazz é uma música muito democrática, que permite colocar outros estímulos. É uma forma de tocar, na verdade, além de ser um estilo. Você pode tocar uma MPB de forma jazzística, um samba, um baião… Então fazemos uma mistura que o jazz permite”, avalia o músico Moacir Bedê que, ao lado de Fábio Amaral e dos instrumentos flauta, guitarra, guitarra baiana, baixo acústico e baixo elétrico, tocam temas tradicionais do estilo e muita música brasileira, que segue a mesma roupagem jazzística.
A cantora Nayra Costa é outra artista cearense que circula por alguns espaços de Fortaleza apresentando um vasto repertório, onde interpreta grandes nomes como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Etta James e Nina Simone. Nayra lembra a primeira vez que foi a um bar de jazz. “Quem me levou foi o Elismário, um saxofonista maravilhoso, e a gente tocava juntos no Matutuaia, no começo dos anos 2000. Ele me levou para o Café Pagliuca. Eu já escutava jazz e me encantei. Eu cheguei até a cantar umas músicas lá. Exige muito estudo e o meu maior estudo é escutar e tentar imitar, mas com o tempo fui dando minha interpretação, no meu próprio jazz, digamos assim”.
Caravaggio Jazz Night
Ambiente requintado, com elogiado cardápio e carta de vinhos, o Caravaggio apresenta nesta quarta-feira (27) mais uma edição do projeto “Caravaggio Jazz Night”. A partir das 19 horas, a casa recebe a cantora Nayra Costa que, por sinal, foi a primeira artista a abrir o projeto. “A aceitação do público tem sido ótima. É um espaço onde as pessoas realmente assistem ao show. Procuramos valorizar o artista naquele momento. Construímos um palco, tem uma iluminação bacana, uma boa qualidade de som. Os shows têm sido incríveis”, diz o cantor, compositor e CEO do Caravaggio, Davi Cartaxo.
Onde: Rua Professor Dias da Rocha, 199 – @caravaggiocucina
Serpentina Jazz Corner
Espaço aconchegante, descontraído e conhecido por suas tradicionais rodas de samba e choro, o Serpentina Bar & Cultura realiza às quintas-feiras o projeto “Serpentina Jazz Corner”, com os músicos Moacir Bedê e Fábio Amaral, a partir das 18 horas. “Desde o começo do bar (2016), a gente tem procurado manter o jazz como uma das alternativas do nosso cardápio musical. Ao longo desses anos recebemos grandes instrumentistas, seja na discotecagem ou ao vivo. É um espaço de encontro dos entusiastas do jazz. É um espaço de divulgação do gênero, que consideramos uma expressão musical muito importante”, diz Carol Ferraz, proprietária.
Onde: Avenida Heráclito Graça, – 760 – @serpentinabarcultura
Jazz da Sublime
Com ambiente clássico – ideal para saborear bolos, tortas, cafés, sanduíches e refeições a la carte -, a Confeitaria Sublime apresenta às sextas-feiras o “Jazz da Sublime”, a partir das 18 horas. A partir da próxima semana, o projeto musical, que traz os músicos Jorge Doudement e Lucas Marques, ocorrerá aos sábados. Proprietário da casa, Airton Correia lembra que o jazz faz parte da programação da Sublime desde a sua inauguração, há 10 anos. “O jazz tem tido relativa aceitação. Temos consciência de que não é um gênero tão popular aqui, por isso fazemos um trabalho meio que de formação de plateia”, avalia ele.
Onde: Rua Eduardo Bezerra, 1276 – @confeitariasublime