Na 66ª edição do Prêmio Jabuti, realizada nesta terça-feira (19) no auditório Ibirapuera, em São Paulo, o escritor baiano Itamar Vieira Junior conquistou pela segunda vez o troféu de melhor romance literário. Desta vez, a obra vencedora foi “Salvar o Fogo”, sucessora do aclamado “Torto Arado”, que também rendeu ao autor o mesmo reconhecimento há quatro anos.
“Salvar o Fogo” explora a vida de mulheres sertanejas da Bahia enfrentando ameaças às suas terras sob a dominação da igreja, reafirmando Itamar como uma das vozes mais importantes da literatura brasileira contemporânea. O autor segue ampliando sua abordagem sensível e contundente sobre as questões sociais e culturais do interior do país.
Outro destaque da noite foi o prêmio de melhor romance de entretenimento, concedido a “O Crime do Bom Nazista”, do escritor gaúcho Samir Machado de Machado. Ambos os livros foram publicados pela editora Todavia, que reafirma sua relevância no cenário literário.
O título de livro do ano foi para “Sempre Paris”, da jornalista e tradutora Rosa Freire d’Aguiar. Publicado pela Companhia das Letras, o livro reúne crônicas e memórias de sua convivência com escritores, ativistas e intelectuais na efervescente França do século passado, durante o período em que viveu com seu marido, o economista Celso Furtado.
Livro que virou musical
Vale ressaltar que “Torto Arado” foi adaptado para um musical teatral. “Torto Arado – O Musical” retrata a história das irmãs Bibiana e Belonísia, e da avó Donana, fazendo um diálogo entre os atabaques da cultura afro-brasileira, a viola sertaneja e os pífanos do nordeste, promovendo uma gira em cena. A peça entra em cartaz nesta quarta-feira (20) no Teatro Raul Cortez, em São Paulo. Todos os ingressos da turnê estão esgotados.
Ver essa foto no Instagram