Ser entrevistado por Gloria Maria, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, era considerado uma honraria digna de ser incluída no currículo. Isso porque ela já esteve na presença de Michael Jackson, Leonardo DiCaprio e Madonna, além de ter viajado por mais de 100 países. Entretanto, nem todo mundo simpatizou com a repórter, ao longo de sua carreira.
Um dos exemplos que mais ficou conhecido foi a do último presidente militar da ditadura, o general João Batista Figueiredo (1918-1999). O ex-comandante máximo do País chegou até a mandar expulsá-la de eventos.
“Ele me chamava de ‘aquela neguinha da Globo’, pra você ver o que é o racismo”, contou a jornalista no ‘Marília Gabriela Entrevista’ em março de 2015. A entrevista foi reprisada neste sábado (5), pelo canal GNT. “Quando eu chegava para cobrir as solenidades da Presidência, ele mandava me deixar muito longe”, disse a jornalista. À época, ela cobria o Ministério da Guerra, do final do governo Médici para o começo do de Figueiredo.
“Deus o tenha onde ele estiver, Deus o proteja. Era uma demonstração mais do que de racismo, de machismo. Ele era difícil”, perdoou a profissional, que morreu na última quinta-feira (2), vítima de complicações de um câncer no cérebro.
Ela também falou sobre situações semelhantes no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 14 de março do ano passado. Veja: