O isolamento social continua e as opções do que fazer em casa estão ficando mais escassas? O Otimista conversou com quatro leitores, que dão dicas de como passar o tempo e se distrair durante esses dias de quarentena. Confira!
Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com
Eis que chega mais um final de semana e, com ele, a pergunta que não quer calar: “o que fazer nesses dias de reclusão social?”. Foi pensando nos seus leitores, que O Otimista traz hoje sugestões de quatro reclusos, de idades diversas, para você ocupar o seu tempo com muita criatividade.
Do David, da Rosane, da Anthony e da Eleuda, nos chegaram dicas que insinuam até transformar a sala do lar em uma verdadeira pista de dança. Entre as pontuações de cada um: atualização de informações, avanço nos trabalhos da faculdade, jogos, organização dos espaços de casa, gastronomia, leitura, música, conversas nas plataformas digitais e, acima de tudo, cuidar de quem está ao seu lado. Confira:
AGITO: Colocar música e pular no sofá de casa com o irmão Gabriel, o “Biel”. Os dias que seguem começam em clima de animação na vida de Davi Feingold Matos Brito, 9 anos. Para o sábado e domingo, muitos planos: ajudar no café-da-manhã e fazer receitas de pão, croissant e pizza com o pai – já que gosta de cozinhar -, ler livros da escola e fazer resumos, jogar, falar com a prima pelo telefone, fazer videoconferência com avós e primos, ajudar a limpar o banheiro e, mais uma vez brincar com o irmão, a quem ajuda na hora de desenhar.
SOLIDARIEDADE: A vida do estudante de filosofia e teatro, Anthony Caminha, 23 anos, tem girado em torno da saúde da avó, 70 anos, com quem mora e divide companhia diária. Dessa forma, todos os movimentos são calculados para a fuga de qualquer possibilidade de encontro com o Covid-19. No meio de todo esse caminho, o fim de semana vai ser movimentado pelos estudos e escritos sobre obras teatrais, trabalhos filosóficos, filmes, séries, conversas pelas plataformas digitais e “tudo que possa distrair minha mente de uma forma leve”. Isso, sem esquecer a pet Yuki, companheira diária.
LIVROS E AFINS: De volta ao Ceará, após jornada como professora universitária, a jornalista Eleuda de Carvalho, 60 anos, está no clima de mudança e organização do novo lar. “Acabei de me mudar, não falta o que fazer… Vou aproveitar a quarentena abrindo minha biblioteca, algumas caixas fechadas desde a mudança para Araguaína (TO)”. Na lista do que vai encontrar e indicar para nossos leitores, o romance “A Praça do Diamante”, da catalã Merè Rodoreda. Na trilha sonora, quando hora da arrumação, “Daúde, Chico Science, Alceu, Ednardo, o álbum duplo Massafeira, Abidoral Jamacaru, Nina Simone…”. Isso sem esquecer o contato com os seus querer, através do celular.
VIGOR: “Em tempos de isolamento social, o que já pensei em fazer: arrumar estantes (não sei), terminar leitura de livros começados, ouvir música e dançar na sala, ligar para as amigas e cozinhar, testar receitas novas e rir vendo bobagens na Netflix”, revela Rosane Teófilo, 72 anos, cozinheira proprietária da Celeiro Gastronomia. Prevenida, para preparar o que vai cozer, diz que procurará usar o que já tem em casa e assim evitar contato com outras pessoas. Em meio a tudo isso, muita poesia no cotidiano, através dos escritos de Manoel de Barros e Mário Quintana, ente outros.






















