Cinebiografia de Amy Winehouse, Back To Black estreia nos cinemas nesta quinta-feira (16), retratando o auge e o declínio de uma das maiores vozes da música. Saiba o que esperar do filme

Danielber Noronha 

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Músicas sobre relacionamentos mal sucedidos existem aos montes. Contudo, quantas entram para a história? Back To Black, da inesquecível Amy Winehouse tem, sem sombra de dúvidas, um lugar garantido na lista. A faixa, considerada um dos maiores êxitos da música mundial dos anos 2000, agora vira título de um filme autobiográfico que adentra nos acontecimentos da vida da mulher que escreveu e eternizou este e outros tantos sucessos. O longa-metragem chega às telonas brasileiras nesta quinta-feira (16) e deve levar muitos fãs da cantora aos cinemas para conferir de perto a tentativa de encaixar em 1h47m a vida da britânica, que sempre recusou os padrões.

Com direção de Sam Taylor-Johnson, cineasta também responsável por títulos como Cinquenta Tons de Cinza (2015), o filme é protagonizado por Marisa Abela, que carrega o desafio de transmitir o caldeirão de emoções carregado por Amy especialmente nos piores momentos da carreira, quando o vício em álcool e drogas já estava no limite.

Aqui, a ideia é contar uma história pouco vista antes, com uma ascensão precoce à fama, quando Londres já era pequena para a estrela que se anunciava, ao lançamento do inovador e premiado álbum de estúdio intitulado Back To Black (2006), responsável por brindar Amy com nada menos que cinco Grammys, em 2008.

O filme também se debruça sobre o relacionamento conturbado que ela teve com Blake Fielder-Civil, interpretado pelo ator Jack O’Connell. Os dois estiveram juntos até 2009, cerca de dois anos antes da precoce partida da cantora. Amy foi encontrada morta em julho de 2011, aos 27 anos. O laudo divulgado à época constatou a causa da morte por intoxicação proveniente de álcool. Foi, inclusive, Fielder-Civil que introduziu os vícios na vida da artista. Ele, por sua vez, disse já ter assistido ao filme e afirmou se sentir representado de forma fidedigna.

Além disso, o filme mostrará a mulher por trás de toda a fama, sendo esta uma pessoa com ambições de uma vida simples, com pretensões de constituir família e ser mãe. Sonhos que acabaram engolidos por uma engrenagem que mira o sucesso a qualquer custo, piorada diante de relações amorosas e familiares conturbadas, como a que ela teve com o pai, Mitch Winehouse, vivido por Eddie Marsan.

Semelhanças?

Para adentrar no universo de Amy, Marisa Abela passou meses fazendo preparação vocal, aulas de canto e precisou aprender a tocar violão. Como parte do filme foi construído em cima das letras de algumas músicas da cantora, a atriz regravou algumas faixas, incluindo Rehab e Tears Dry On Their Own. Entretanto, segundo a preparadora vocal dela, Anne-Marie Speed, Marisa não deve emular a voz da artista. O que o público verá é um equilíbrio para uma interpretação vocal parecida, mas não totalmente igual.

Outro ponto que deve ajudar a conduzir a narrativa do filme diz respeito às tatuagens de Amy. Segundo a diretora da produção, “as tatuagens foram um ótimo jeito de indicar a passagem de tempo, bem como certos eventos. A escolha das tatuagens dela estava atrelada à narrativa de suas músicas, suas canções e os relacionamentos que ela teve”.

Entretanto, a presença desses elementos pode não ser suficiente para agradar uma parcela mais exigente da audiência, haja visto que a escalação da atriz principal tem sido criticada desde o anúncio oficial. Fãs de Amy alegam que elas não têm semelhança física e nem vocal. Notas disponíveis no Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, o filme foi desaprovado pelo olhar de especialistas, recebendo apenas 38% de aprovação. Em poucos dias, o público brasileiro poderá emitir suas próprias impressões. Aguardemos.

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Assista ao trailer:

Serviço

Back To Black

Filme estreia nesta quinta-feira (16) nos cinemas brasileiros
Duração: 1h47m
Classificação indicativa: 16 anos
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