O cineasta Glauber Filho conversa com o diretor de cinema Fernando Meirelles, em live hoje (23), às 18h, nas redes sociais da Unifor. A conversa vai abordar a trajetória do renomado diretor e os desafios impostos pela covid-19 ao audiovisual
Naara Vale
naaravale@ootimista.com.br
Ainda sem perspectiva de reabertura, as salas de cinema devem enfrentar grandes mudanças quando a pandemia da covid-19 passar. A forma como o cinema vai se reinventar para atrair o público de volta e as saídas para que as grandes produções audiovisuais possam ser executadas de forma segura são alguns dos assuntos que o cineasta cearense Glauber Filho vai abordar com o também cineasta Fernando Meirelles, em bate-papo que acontece hoje (23), às 18h, dentro do projeto Lives do Conhecimento, promovido pela Universidade de Fortaleza (Unifor). A conversa será transmitida pelas redes oficiais da instituição.
Além de discutir o cinema dentro do contexto atual de pandemia, a conversa com Meirelles vai passear pela trajetória do diretor que, com o longa “Cidade de Deus”, arrancou aplausos do mundo inteiro ao mostrar o cotidiano violento de uma das maiores favelas do Rio de Janeiro. “É uma conversa geral de contextualização do que estamos passando nesse período de isolamento. Também vai existir uma conversa sobre a trajetória dele como realizador audiovisual, como cineasta, sobre a trajetória que o levou ao reconhecimento internacional”, conta Glauber Filho.
Diretor de filmes como “Cidade de Deus” (2002) e “Dois Papas” (2019), Fernando Meirelles é hoje um dos nomes mais expressivos do cinema brasileiro, com carreira internacional consolidada e diferentes indicações ao Oscar. Além de cineasta, Meirelles é também um dos fundadores da O2 Filmes, a maior produtora audiovisual independente do Brasil. Recentemente, ele lançou no YouTube a websérie “Sala de Roteiro”, na qual satiriza fatos da política brasileira através de roteiristas que discutem a elaboração de enredos para fatos semelhantes aos da história recente do Brasil.
Mergulho no cinema
Apesar de milhares de cinéfilos não abrirem mão da telona, há algum tempo o público vinha se dividindo entre as salas de exibição e o conforto de casa oferecido pelas plataformas de streaming. Professor do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor e diretor de longas como “Bate Coração” (2019), “As Mães de Chico Xavier” (2011) e “Bezerra de Menezes: O Diário de Um Espírito” (2008), Glauber Filho acredita que esse movimento foi acelerado com o isolamento social imposto pela covid-19.
“Antes mesmo da pandemia já havia uma necessidade de a sala ser reinventada, até porque a gente já notava que não havia uma quantidade de público para os filmes como havia há duas décadas. Isso vem diminuindo por conta da oferta e já exigia do exibidor uma reinvenção, o que é possível e está incluso em uma outra dinâmica de exibição”, aposta o cineasta.
Serviço:
“Lives do Conhecimento” com Fernando Meirelles
Hoje, 23/7
18h
Transmissão pelo Facebook, Instagram, Youtube e TV Unifor (canal 181 da NET)
Inscrições pelo link bit.ly/39jcXy3






















