Ex-diretor da Globo acusa Faustão de assédio moral, diz revista

Segundo uma entrevista exclusiva concedida à revista Veja, Alberto Luchetti Neto, ex-diretor geral do Domingão do Faustão na TV Globo de 1998 a 2002, fez graves acusações de assédio moral contra Fausto Silva e revelou bastidores conturbados dos domingos na emissora carioca.

Luchetti trouxe à tona relatos de assédio moral por parte de Faustão, descrevendo como o apresentador costumava humilhar a equipe de produção publicamente e criticar seu trabalho na frente de todos. Ele até mencionou um caso trágico. “Por exemplo, uma moça, Angela Sander, de tão perseguida por ele, tomou remédio e cometeu suicídio. Foi uma desgraça que a Globo tentou esconder por todos os meios. Eu já estava fora. Ela estava tão desesperada, ele humilhou tanto ela, que um dia ela tomou remédio, foi dormir e não acordou mais”, revelou o diretor.

As acusações de assédio moral foram complementadas com relatos de Faustão utilizando presentes e favores para manipular e controlar as pessoas ao seu redor. Luchetti mencionou que o apresentador costumava divulgar publicamente quando ajudava alguém, mas isso fazia parte de uma estratégia de autopromoção. “Ele cansou de fazer isso com a Dercy Gonçalves”, relembra.

De acordo com Luchetti, Faustão também teria dificultado a contratação de profissionais que ele considerava uma ameaça, como no caso do publicitário Ciro Bottino. “Ele detonou o Bottino para todo o departamento comercial, até ele parar de fazer comerciais. Fausto queria fazer tudo que é merchandising”, disse.

Apesar de todas as acusações e revelações, Luchetti afirmou que não houve uma briga pessoal entre ele e Faustão, mas o relacionamento entre ambos se desgastou ao longo do tempo. “Ele dava dinheiro e dava presentes para todo mundo. Um dia me deu um relógio de aniversário, de cerca de 100 mil dólares, dizendo que aquilo era o símbolo da nossa irmandade, porque ele só tinha irmãs e eu era o único irmão na vida dele. Meses depois devolvi o relógio dizendo que não queria mais ser irmão dele”, conta.

Ele concluiu a entrevista comentando que o apresentador está abalado com sua saída da Globo e que seu futuro na televisão é incerto, com poucas chances de ser contratado por outra emissora. “Vou antecipar a você o que vai acontecer: Fausto vai viver na ponte aérea São Paulo–Milão. Não vai fazer mais nada na vida. Ninguém vai querer ele, e ele não tem mais pique para fazer nada além do que já fez”, pondera.

A entrevista pode ser lida, na íntegra, no site da revista Veja.

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