O filme “Não olhe para cima”, recente aposta da Netflix, tem dado o que falar, não só pelo elenco de peso que reúne, mas, também por ter algumas semelhanças com o atual cenário político-social vivido pelo Brasil, segundo apontam espectadores que já trataram de assistir ao filme dirigido pelo cineasta Adam McKay.
Na trama, Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) são astrônomos e descobrem um cometa orbitando dentro do sistema solar que está em rota de colisão direta com a Terra.
Porém, na luta de tentar alertar a população quanto aos riscos de uma eventual catástrofe, se deparam com figuras políticas negacionistas que fazem pouco caso da situação. Uma delas é a presidente Orlean, vivida pela atriz Mery Streep, além de seu filho, Jason (Jonah Hill).
Daí começam as ligações com a realidade brasileira. Muitas pessoas que assistiram foram às redes sociais e fizeram ligações entre postura de Orlean e a do presidente Jair Bolsonaro na condução do enfrentamento à pandemia do coronavírus.
Também não demorou para que notassem semelhanças entre o personagem Peter Isherwell (Mark Rylance) com o empresário Luciano Hang, conhecido como “veio da Havan”. No filme, Peter é um empresário que quer explorar recursos humanos e naturais com a desculpa de “ajudar o mundo”. Entre os citados como possíveis inspirações para Isherwell, estão Elon Musk e Mark Zuckerberg e, no Brasil, Hang. O empres´rio é um dos apoiadores mais fieis de Bolsonaro.
Em outro trecho, a personagem de Jennifer Lawrence, Kate Dibiasky, perde a paciência com jornalistas que não estão levando a sério a chegada do meteoro, durante um programa de televisão. Em terras tupiniquins, o mesmo aconteceu com a microbióloga Natália Pasternak, que assistiu a uma matéria sobre como lidar com pessoas que se recusavam a usar máscara. Na ocasião, ela também se exaltou com o modo como foi conduzida a matéria.
O filme estreou na Netflix no último dia 24 e tem, ainda, nomes como Ariana Grande, Cate Blanchett e Timothée Chalamet.