Em homenagem ao Dia Mundial do Orgulho LGBTQ+, o jornalista e cineasta Émerson Maranhão indica filmes gratuitos que celebram o fato de ser quem você é

A convite do O Otimista, o jornalista, diretor e roteirista Émerson Maranhão indica oito curtas brasileiros, das mais diversas procedências, para celebrar o Dia Mundial do Orgulho LGBTQ+. E o que é melhor, todos estão acessíveis online, de graça!

Émerson Maranhão
emerson@ootimista.com.br

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Alano, de Sílvio Leal

São tempos obtusos os que vivemos, é fato. Assim como também são inequívocas as ameaças institucionalizadas que a comunidade LGBTQ+ tem sofrido, os riscos de retrocesso em conquistas legais históricas e as tentativas contínuas de estabelecimento de tribunais inquisitoriais – anacrônicos e inadmissíveis, por óbvio – movidas pelo ódio fundamentalista.

Sim, é tenebroso o horizonte. Mas justamente por isso, urge comemorar ser quem somos, faz-se imperioso iluminar com nosso orgulho as trevas que teimam em nos intimidar; é fundamental cerrarmos fileiras entre os nossos e afirmamos, e reafirmamos, que não recuaremos um passo no que foi alcançado até agora. Em outras palavras: é preciso resistir e celebrar.

E uma das mais eficientes e potentes armas para isso é o cinema. Não à toa, um dos primeiros setores atingidos pela política negacionista da diversidade (sexual, de gênero, de ideias…) que ora ocupa o poder.

E de onde vem tamanha potência?, o caro leitor há de perguntar. A resposta é simples: da capacidade de representação que o cinema tem. Da possibilidade de perpetuar histórias protagonizadas por aqueles que durante muito tempo estiveram renegados às periferias narrativas. Da oportunidade de dar voz – e luz, e corpo, e intensidade – às histórias que antes nem ousariam dizer seu nome, para não fugir ao clichê delicioso e clássico.

Em homenagem ao Dia Mundial do Orgulho LGBT, comemorado na próxima segunda-feira, 28 de junho, O Otimista traz hoje dicas de curtas brasileiros que abordam esta temática. São títulos premiados, nacional e internacionalmente, disponíveis online, e que vem de lugares diversos, abordando várias possibilidades de leituras e histórias por trás das letras que formam essa sigla.

Prepare a pipoca e boa diversão!

Depois Daquela Festa, de Caio Scot (RJ, 2018) -Leo nunca imaginou que veria seu pai beijando outro homem no meio de uma festa – até que aconteceu. Agora, com a ajuda de Carol, sua melhor amiga, ele tem que encontrar a maneira mais perfeita de contar a seu pai que ele descobriu seu segredo.

Onde: https://bit.ly/3h1t9s9

O Melhor Amigo, de Allan Deberton (CE, 2017)Sábado, primeiro dia de férias. Lucas e Felipe decidem ir à praia.

Onde: https://bit.ly/3d7kIu3

Alano, de Sílvio Leal, Henrique Oliveira (AL,2018) – Do encontro entre Miguel (cineasta) e Alano (michê), emergem desejos e frustrações, em que a busca de Alano por prazer contrapõe-se à procura de Miguel por companhia.

Onde: https://bit.ly/3qm6eMB

Reforma, de Fábio Leal (PE, 2018)Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo. Classificação indicativa: 18 anos

Onde: https://bit.ly/3wTNciN

O que pode um corpo?, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS, 2020)Um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido, não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si a própria tela em um universo de pintores ausentes.

Onde: youtube.com/festforrainbow (disponível apenas neste sábado, 26)

Casulo, de Rafael Aguiar (MG, 2018) – Mário e seu pai vivem isolados num pequeno sítio no interior de Minas Gerais.

Onde: https://bit.ly/3qpBV7F

Piscina, de Leandro Goddinho (SP, 2016)Claudia decide investigar o passado de sua avó recém falecida. Através de uma carta ela conhece Marlene, uma velha alemã que vive no Brasil e mantém suas memórias dentro de uma piscina desativada. Durante a visita, a velha senhora revela detalhes de sua vida que se cruzam com o passado…

Onde: https://bit.ly/3dduCL0

Bailão, de Marcelo Caetano (SP, 2009)Um mosaico. A construção de uma voz coletiva a partir de suas sinceras ambiguidades. Uma declaração de amor. Um filme sobre heróis.

Onde: https://bit.ly/3da7GfI

 

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