Com uma mistura de humor, ação e ficção científica, estreia nesta semana nos cinemas brasileiros “Elio”, nova animação Pixar. Marcando uma nova fase para o estúdio, filme promete transportar crianças e adultos em uma jornada cósmica repleta de cores, reviravoltas e lições universais
Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br
Uma nova história espacial da Pixar Animation Studios está prestes a aterrissar nos cinemas. Abordando temas como autodescoberta, pertencimento e aceitação, estreia nesta quinta-feira, 19, em todas as telonas nacionais, “Elio”, aguardada animação do estúdio americano. Dirigido por Adrian Molina (co-diretor de “Viva – A Vida é uma Festa”, 2017), Domee Shi (“Bao”, 2018) e Madeline Sharafian (“Burrow”, 2020), longa conta com as vozes de nomes conhecidos do público, como Zoe Saldaña (“Emilia Pérez”, 2024), Brad Garrett (“Procurando Nemo”, 2003) e Jameela Jamil (“The Good Place”, 2016).
Premissa
O filme acompanha Elio, narrado por Yonas Kibreab (“Sweet Tooth”, 2023), um garoto de 11 anos criativo, sonhador e apaixonado pelo universo, mas que enfrenta dificuldades para se encaixar no mundo ao seu redor. Um dia, sua curiosidade pelo desconhecido o leva, por engano, até Comuniverso, uma organização interplanetária que reúne representantes de diversas galáxias. No local, o personagem é confundido com o ‘embaixador’ da Terra, dando início a uma série de confusões e desafios em meio a criaturas alienígenas e crises cósmicas.
Junto da missão de representar o planeta, Elio ainda precisa aprender a lidar com suas inseguranças, construir amizades improváveis com seres de outros mundos e descobrir o verdadeiro papel que desempenha no universo. A animação promete entregar uma fascinante história cósmica cheia de emoção, humor e mensagens importantes – tudo isso enquanto leva o público para outras dimensões ainda desconhecidas.
Mudanças no projeto
Desde o anúncio inicial, “Elio” passou por transformações significativas. O desempenho abaixo das expectativas das animações “Lightyear“, de 2022, e “Elementos”, de 2023, fez com que a Pixar revisse a estratégia para o novo projeto. A primeira grande mudança foi no calendário de lançamento. Inicialmente previsto para março de 2024, o filme foi adiado para junho do mesmo ano e, posteriormente, remarcado para 19 de junho de 2025 a fim de evitar concorrência direta com o live-action de “Como Treinar o Seu Dragão”, que estreou nos cinemas nacionais na última quinta-feira, 12. Além dos adiamentos, a trama do filme também foi reestruturada.
Na versão original, Elio seria abduzido por acidente e, para escapar da situação, fingiria ser o embaixador da Terra — ponto que ainda se mantém no filme que chegará aos cinemas. No entanto, mudanças profundas ocorreram no desenvolvimento dos personagens. Lord Grigon, personagem de Brad Garrett, seria apenas um alívio cômico de temperamento agressivo, porém, na versão final assume o papel de antagonista da história. Já Glordon, narrado por Remy Edgerly (“Sing 2”, 2021), antes um personagem secundário, tornou-se o filho de Grigon e o principal aliado de Elio no espaço. A personagem Olga, encenada por Zoe Saldaña, inicialmente escrita como mãe de Elio, foi transformada em sua tia na versão final. Além disso, a personagem inicialmente seria dublada por America Ferrera (“Barbie”, 2023).
Outra alteração importante está no arco emocional do protagonista. Ao invés de ser um garoto abduzido por acidente, Elio agora deseja ser levado por alienígenas, em busca de amizade e de um lugar onde possa se sentir aceito. As mudanças também são visíveis no aspecto visual do filme. Os cenários sombrios e mais realistas apresentados nos primeiros materiais promocionais deram lugar a um estilo mais leve, colorido e vibrante, como apontado pelo site Almanaque Disney, que comparou imagens de 2023 e 2025.
Inspiração
Os criadores de “Elio” compartilharam em entrevista à Animation Magazine que buscaram inspiração em grandes clássicos do cinema que exploram diferentes formas de vida alienígena. Entre as referências citadas estão “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, de 1977, do cineasta Steven Spielberg, “O Enigma de Outro Mundo”, de 1982, de John Carpenter, e “Alien, o Oitavo Passageiro”, de 1979, de Ridley Scott. Apesar das influências marcantes da ficção científica, a diretora Domee Shi destacou que o ponto central da criação do filme foi muito mais pessoal. “Nossa inspiração, ao abordarmos “Elio”, foi recorrer às nossas próprias infâncias – aquele sentimento de solidão, o desejo de conexão e de pertencimento em algum lugar do universo”, explicou.
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Filme “Elio”
Estreia nesta quinta-feira, 19
Aventura/Ficção Científica
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