Documentário “I Am: Céline Dion” aborda a luta da cantora canadense contra a síndrome da pessoa rígida

Compartilhando os bastidores da luta contra a síndrome da pessoa rígida, estreia esta semana “I Am: Céline Dion”, no Prime Video. A artista, que vendeu mais de 250 milhões de álbuns no mundo, se mostra vulnerável e crua em tela

Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br

Muito provavelmente é de Céline Dion a voz que o mundo mais escutou no finalzinho da década de 1990, devido ao sucesso sem precedentes do filme Titanic, do diretor James Cameron, em que a artista empresta seu privilegiado canto para a música tema do longa, My Heart Will Go On, que vendeu mais de 18 milhões de cópias. Desde então, Céline mantinha uma carreira ativa, realizando espetáculos pelo mundo todo. Até meados de 2022, quando a cantora canadense, aos 55 anos, revelou ser portadora da síndrome da pessoa rígida (SPR), doença progressiva, rara, incurável e um dos temas principais do documentário “I Am: Céline Dion”, que estreia nesta terça (25), no Prime Video.

Dirigido por Irene Taylor Brodsky, indicada ao Oscar por The Final Inch (2009), a produção, que levou pouco mais de um ano para ser concluída, além de focar na carreira de sucesso da artista, em seu amor pela família e pela música, busca conscientizar o público quanto a gravidade da condição autoimune e neurológica que a atinge, mostrando detalhes privados do seu tratamento e enfrentamento da doença durante o período que ficou fora dos holofotes. Também é retratado em tela a criação de uma fundação que destinará R$10 milhões para pesquisas neurológicas.

Descrito na sinopse oficial como “uma carta de amor aos fãs” e “um olhar íntimo e honesto sobre a luta da superestrela contra uma doença que alterou sua vida”, o documentário “Eu sou: Céline Dion”, traduzido para o português, tem produção de Stacy Lorts, Julie Begey Seureau, Tom Mackay e também da diretora Irene Taylor. Dave Platel e Denis Savage atuam como produtores executivos da Les Productions Feeling, com Shane Carter, da Sony Music Entertainment Canada, e Krista Wegener, da Sony Music Vision. O filme foi realizado pela Sony Music Vision, divisão da Sony Music, e vendido para a Amazon Studios.

Sem filtros

Prometendo ser honesta com seus fãs e com o público em geral, Céline Dion não esconde nem maquia a gravidade da sua doença e o nível de dor que ela causa no seu corpo em seu documentário. Segundo prévias liberadas para a imprensa, o longa conta com uma sequência extensa em que é possível ver, em detalhes, a cantora sofrendo um ataque. Céline aparece nas imagens paralisada e sem poder falar, causando no espectador, além de aflição, lágrimas nos olhos.

Porém, para a artista do Canadá, a decisão de expor sua doença no documentário é “o maior presente e a maior responsabilidade”, disse em entrevista à imprensa. Ela afirma ainda que sua “paixão como artista nunca vai desaparecer”, mesmo com problemas na sua saúde, que, segundo ela, são apenas uma pequena parte de sua trajetória única.

Revelação e tratamento

O anúncio do diagnóstico da cantora veio em dezembro de 2022, por vídeo publicado em uma rede social, no qual Céline afirma estar num estágio da doença avançado e que corria risco de se transformar numa “estátua humana”. Já em 2023, por meio da irmã da cantora, Claudette Dion, foi revelado que Céline “não tem controle sobre os músculos” e “tem trabalhado muito” em busca de melhora.

A artista segue um tratamento paliativo com relaxantes musculares, imunomoduladores e corticoides, conforme orientação médica. Essa medicação ajuda a aliviar os sintomas da SPR, que podem incluir rigidez nos músculos do tronco, braços e pernas, além de espasmos tão fortes que podem levar à perda da voz. Apesar dos desafios, Céline segue firme no tratamento, inspirando com sua força e resiliência.

Mais

  • Irene Taylor, diretora do filme, disse que o único pedido de Dion foi poder contar sua própria história, com suas próprias palavras.
  • No documentário, Céline Dion aparece visivelmente perturbada pela perda de sua voz, principal instrumento do seu trabalho.
  • Em maio do ano passado, a cantora chegou a cancelar sua turnê mundial que já estava programada para acontecer desde 2022.
  • Céline já havia pausado sua carreira em 1999, quando seu marido foi diagnosticado com um câncer na laringe.

Serviço

“I Am: Céline Dion”
Drama/Documentário
Estreia: Nesta terça (25)
Onde: Prime Video

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