InícioPáginas VermelhasDisraeli Ponte reinventa deslocamentos médicos com a Easy Emergências

Disraeli Ponte reinventa deslocamentos médicos com a Easy Emergências

Um serviço de deslocamento médico especializado com valores acessíveis e que gere renda em cadeia: esta é a ideia do Serviço de Deslocamento Especial (SDE), lançado pela Easy Emergências Médicas. Com ele, o transporte de pacientes é feito com preço fixo por Fortaleza (R$ 200,00), inclusive com intermédio de um setor de regulação, e pessoas como recepcionistas de hospitais públicos e privados, agentes e líderes comunitários recebem uma comissão ao indicar o SDE. “É semelhante a um táxi. A gente não cobra a saída da base, só o deslocamento do paciente”, adianta o empresário Disraeli Ponte.

O trabalho de divulgação já está sendo feito nas unidades de saúde e nos bairros, inclusive, as facilidades do Smart Life, um meio de pagamento e cartão de crédito pré-pago do grupo que deve ter pelo menos cinco mil usuários até 2020. O cartão concentra os créditos gerados pelas comissões e pode ser acompanhado por aplicativo, facilitando o controle dos clientes.

Disraeli possui ao menos oito anos de experiência com deslocamento médico em ambulância. Se contar deslocamento aéreo, 14. O grupo empresarial fundado por ele iniciou com a Argos Turismo há 22 anos e hoje é composto também pela Easy Taxi Aéreo, pela Easy Life, pelo meio de pagamento Smart Life e agora também pelo SDE, que integra vários serviços de atenção à saúde e vai continuar tendo o rol ampliado, como por exemplo, pela inclusão de telemedicina no home care, previsto para 2020.

Com a experiência de anos prestando serviço como empresa licitada para os governos de Pernambuco e Paraíba, além de empresas privadas e Organizações Sociais (OS) no Ceará, Disraeli montou uma estrutura específica para o serviço. Com o encerramento dos contratos, a expertise desenvolvida e a pouca disposição para continuar à mercê de licitações, o empresário viu uma janela para ampliar a empresa focando apenas no mercado privado.

“Chegamos a fazer em Pernambuco três mil deslocamentos por mês, com pico de 150 em um único dia. E tudo isso criou o know how para lançar o SDE. E agora a ideia é me desvincular do poder público e até ajudá-lo, na medida em que oferecemos para a população a alternativa de um serviço barato. Esse foi o ponto de partida para criar o SDE”, explica.

Disraeli Ponte
Disraeli Ponte comanda empresas de táxi aéreo, deslocamento médico e meio de pagamento.

Como surgiu a ideia de um negócio que aproveitasse a sua estrutura e que barateasse os serviços de ambulância particular?

A gente imaginou que é uma maneira de ajudar as pessoas a ter uma renda extra, recepcionistas e líderes comunitários estão sempre lidando com esse sofrimento por deslocamento, por vaga… E é uma maneira também de aliviar um pouco a pressão em cima do poder público, que por melhor que seja, sempre tem necessidade de melhoria. A demanda é muito grande, crescente, e o poder público não tem condição de cuidar de tudo com maestria. E o preço é acessível e parcelável.

O seu negócio lida com o deslocamento de pessoas que estão em situação de fragilidade. Como é feito o acompanhamento dos pacientes até a unidade de saúde?

Nós temos o Centro Integrado de Operação (CIO), que funciona 24h por dia. Ele é responsável pela conferência direta com o médico regulador, que determina a forma da locomoção. Pelas características ele determina se é ambulância básica ou se é um caso mais grave, como AVC ou infarto, o que pede uma UTI. Outra coisa é a regulação. O médico passa o estado do paciente, o monitoramento que é feito no trajeto e encaminha para o setor no hospital, checa a disponibilidade de vaga etc.

A projeção é fazer quantos deslocamentos por dia?

Temos como meta 50 remoções diárias. Já chegamos a fazer mais do que isso, até 150 em um dia quando trabalhávamos com uma entidade filantrópica. Mas inicialmente vamos disponibilizar oito ambuâncias, entre básicas e UTI, esperando essa média de 50.

Você pretende lançar o serviço no interior também, já que a Easy Emergências possui base de operação em Sobral?

Esse ano vai ser pra consolidar Fortaleza. É um projeto que era pra ter iniciado em janeiro, mas por conta dos impasses, mudanças de governo e tal, seguramos e nos organizamos melhor. Em Sobral já temos mais de meio caminho andado, já temos base e ambulância lá, faltam algumas adaptações e estudar melhor a macrorregião de Sobral, que tem mais de 55 municípios e muitas localidades estão a mais de 100 km de distância. Mesma coisa do Crajubar, onde nós já temos parceiro e estamos procurando imóvel para montar a base. Mas a nossa ideia é implantar no início de 2020, tanto em Sobral quanto em Juazeiro. Outra região que nós identificamos uma demanda grande é Iguatu, que ficará para outro momento, mas está no nosso radar.

A Easy também vai lançar serviços de saúde em casa, como home care, por exemplo?

Estamos montando um home care, com uma equipe composta por enfermeitos, fisioterapeutas e técnicos. É um dos serviços que o SDE vai agregar. São vários serviços que a Easy Emergências vai incluir. A estrutura do SDE foca inicialmente no deslocamento para Fortaleza, que vai nos dar uma gordura para bancar os outros serviços.

A Easy Emergências já trabalhava com deslocamento, mas como prestador de serviço para o poder público. Qual foi o investimento necessário para migrar para o setor privado? A empresa continua atuando com o setor público?

O maior investimento foi o cartão Smart Life, que deu o suporte necessário para pagar a comissão das recepcionistas, por exemplo. É um meio de pagamento, um cartão pré-pago que a gente faz o crédito e o usuário recebe a confirmação por SMS. É um meio até de educação financeira para as crianças, basta ter CPF para ter cartão pré-pago. Os pais podem fazer o crédito e acompanhar pelo sistema os gastos dos filhos, por exemplo. Foi uma junção de fatores que culminaram no SDE, eu não saberia mensurar o quanto foi investido. Mas a estrutura já existia. Nós já tínhamos as ambulâncias, eu só mudei o foco do meu negócio. Deixei de atender o poder público e as OS, de participar de licitação, e estou atendendo agora só o público privado, porque agora o dinheiro pode circular melhor na mão da empresa e não teremos mais os trâmites burocráticos do poder público.

Há quanto tempo você vinha gestando essa ideia?

Faz tempo, só estava faltando a coragem, que veio quando encerramos contrato com uma grande empresa de Fortaleza. Nós temos um acervo de funcionários de excelente capacidade técnica, temos muita experiência em deslocamento de pacientes, falo isso sem nenhuma falsa modéstia. Chegamos a fazer em Pernambuco três mil deslocamentos por mês, com pico de 150 em um único dia. E tudo isso criou o know how para lançar o SDE. E agora a ideia é me desvincular do poder público e até ajudá-lo, na medida em que oferecemos para a população a alternativa de um serviço barato. Esse foi o ponto de partida para criar o SDE.

Quais são os próximos projetos da Easy?

Nós planejamos investir em telemedicina em 2020. Já visitei várias empresas, conversei com especialistas e a telemedicina é o complemento perfeito para o SDE. Ao invés de tirar um paciente para fazer o exame fora de casa, vamos levar as equipes para fazer o exame em casa, com resultado na hora. É possível fazer cinco exames: eletrocardiograma, ecocardiograma, eletroencefalograma, mapa e holter.

 

 

 

 

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