Dicas de leitura para celebrar o Dia Internacional do Livro Infantil

O Dia Internacional do Livro é comemorado hoje e o Otimista traz excelentes dicas para aproximar mais ainda pais e filhos através da leitura

Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com.br

Grande estímulo à curiosidade, à imaginação e à criatividade da criança, o livro é peça fundamental no universo infantil nesse momento de reclusão social familiar. Além de todos esses estímulos, a publicação ajuda no desenvolvimento da linguagem oral da meninada, desenvolve a concentração, o memória, o raciocínio, o vocabulário e a ainda ajuda no fortalecimento da conexão entre pais e suas crias.

Para a escritora e assistente social, Ayla Andrade, utilizar a literatura como ferramenta deve ser um hábito costumeiro dentro das famílias. “Ela possibilita conhecer o livro como um objeto físico que tem capa, que tem cores, que tem formas, que as vezes tem cheiro e também proporciona estar dentro dela, no sentido de trabalhar a imaginação, a cognição, além de conhecer as palavras”, avalia.

Durante esse período de isolamento, a escritora destaca a importância da possibilidade dos pais se aproximarem mais de seus filhos “em um momento de leitura, de conversar, de interpretar os textos. Isso não precisa ser uma coisa entediante ou enfadonha. Muito pelo contrário, a partir de um livro pode ser criado um teatro de sombras ou mesmo uma leitura com lanterna. Dá para fazer de várias formas. Essa leitura é importante, inclusive para estabelecer vínculos dentro das famílias”, avalia.

Mãe do pequeno Benício, de sete anos, Ayla conta que a leitura com o filho se desenrola de acordo com os interesses dele. “Vou muito pelo gosto do Benício, porque acaba que ele é o verdadeiro leitor do livro. Então vamos falar sobre os dinossauros e insetos, sobre a vida marinha e o cosmos. Ele tem muito essa pegada de ciência”. Entre as publicações que a escritora indicou em homenagem ao Dia Internacional do Livro Infantil: “Malala e seu Lápís Mágico”, da escritora paquistanesa, Malala Yousafzai.

Também ligada ao mundo da literatura, a escritora Mika Andrade destaca que, nesses dias de confinamento, tem aproveitado para ficar mais próxima dos filhos: Danilo, de seis anos, e Clarice, de um ano e meio. E o livro tem sido uma companhia diária. “Me sinto mais íntima e consigo mostrar para eles que, além de mãe, eu também sou amiga e companheira”.

Para ela, o livro proporciona “aumentar o vocabulário, trabalhar a mente e provocar o senso crítico” e a literatura, a criação de empatia com as pessoas. “Todos os dias leio antes do meu filho Danilo dormir. Sempre fazemos alguma leitura. Já para a Clarice, apesar de não ter tanta atenção ainda por conta da idade, procuro um livro menor, que tenha repetição e rima e fazemos a leitura juntas”. Entre os livros indicados por ela: “A Vida Íntima de Laura”, da escritora Clarice Lispector.

 

Dicas de livros:

“O Gato Molhado e a Andorinha Sinhá” – Jorge Amado

“O Mistério do Coelho Pensante” – Clarice Lispector

“Fictis” – Ziraldo

“Meu Amigo Pintor” – Lygia Bojunga Nunes

“Pequeno Dicionário de Palavras ao Vento” – Adriana Falcão

“A Menina do Chapeuzinho Amarelo” – Chico Buarque

“Rinocerontes não Comem Panquecas” – Anna Kemp e Sara Ogilvie

“Memórias de Emília” – Monteiro Lobato

“O Fazedor de Amanheceres” – Manoel de Barros

“Leonilson – Gigante com Flores” – Renata Santana e Valquíria Prates

 

Curiosidade

O Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado em 18 de abril, através da Lei 10.402, publicada em 8 de janeiro de 2002. A data é em homenagem ao natalício do escritor Monteiro Lobato, considerado pai da literatura infantil brasileira. Entre suas grandes obras: “Reinação de Narizinho”, “Histórias de Tia Nastácia” e “Dom Quixote das Crianças”.

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