Dia Mundial do Chocolate: especialistas falam sobre os benefícios do doce para a saúde

Na semana do Dia Mundial do Chocolate, especialistas falam ao Tapis Rouge sobre os benefícios do chocolate para a saúde. E alertam que o consumo moderado é fundamental para manter o alimento na dieta

Por: Sâmya Bezerra

samyabezerra@ootimista.com

O Dia Mundial do Chocolate será celebrado neste domingo (7). O doce, de origem latinoamericana – surgiu há cerca de 4 mil anos no México -, tem ganhado novos contornos no mercado brasileiro, com formas mais sustentáveis de colher o cacau e o interesse do consumidor em chocolates com maior porcentagem do fruto. E parece que tem dado certo: em 2023, houve um aumento da produção nacional de chocolates em 6%, atingindo 805 mil toneladas, conforme levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).

Mas uma dúvida sempre permeia os amantes do chocolate: o doce é um vilão ou um mocinho no dia-a-dia? Para responder ao questionamento, Tapis Rouge conversou com especialistas sobre os benefícios e os malefícios do consumo de chocolate para uma dieta saudável.

Benefícios do chocolate para a saúde

Lívia Amâncio, nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário UniFanor Wyden, destaca que os flavonoides presentes no chocolate amargo, como catequinas, epicatequinas e procianidinas, são essenciais para a saúde cardiovascular. “Com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e vasodilatadoras, esses compostos ajudam a reduzir a pressão arterial, melhorar a função endotelial, reduzir o colesterol LDL e diminuir a inflamação sistêmica, prevenindo assim doenças cardíacas”, explica.

Além dos benefícios cardiovasculares, o consumo de chocolate também pode melhorar o humor e o bem-estar. “A liberação de endorfinas, neurotransmissores associados ao prazer, e a presença de triptofano, um precursor da serotonina que regula o humor, são alguns dos benefícios”, diz a nutricionista. “A feniletilamina contribui para sentimentos de excitação e felicidade, semelhante à sensação de estar apaixonado, enquanto a teobromina e a cafeína atuam como estimulantes suaves que melhoram o estado de alerta e o humor”.

Consumo moderado é fundamental
Lívia alerta, porém, que o consumo excessivo de chocolate pode trazer efeitos negativos à saúde metabólica. “O alto teor calórico e de cálcio pode levar ao ganho de peso e obesidade. Quantidades elevadas de açúcar podem causar resistência à insulina, um precursor do diabetes tipo 2, e aumentar os níveis de triglicerídeos no sangue, elevando o risco de doenças cardiovasculares”.

Segundo Luiza Motta, nutricionista, chef e coordenadora do curso de Gastronomia do UniFanor Wyden, “não existe uma quantidade determinada diária para o consumo de chocolate, mas a partir de 5g já podemos obter benefícios. Entre 5g a 25g é considerada uma ingestão moderada, suficiente para degustar o alimento e obter os benefícios, dando preferência aos chocolates com maior percentual de cacau”.
O segredo, portanto, está no equilíbrio e na escolha do tipo de chocolate que melhor se adequa ao seu estilo de vida e necessidades de saúde.

Alternativas para restrição alimentar
Luiza ainda afirma que, para diabéticos, existem alternativas adequadas para que ninguém fique sem chocolate. “Hoje, temos muitas marcas que fabricam chocolate sem açúcar e/ou com adoçantes, que são excelentes opções para quem precisa restringir o consumo de açúcar”, diz a chef. “Além disso, há opções de chocolates veganos que não contêm leite, sendo isentos de lactose e da proteína do leite de vaca, adequados para pessoas com alergia à proteína do leite de vaca e/ou intolerância à lactose”.

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Tipos de chocolate

Chocolate amargo – Com alta concentração de cacau (acima de 70%), contém menos açúcar e pouco ou nenhum leite. É rico em flavonoides, antioxidantes e fibras, oferecendo benefícios significativos para a saúde cardiovascular.

Chocolate ao leite – Contém menos cacau (20% a 50%), mais açúcar e leite em pó. Tem menos flavonoides comparado ao chocolate amargo, sendo mais doce e cremoso.

Chocolate branco – Não contém sólidos de cacau, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite. Sem os benefícios dos flavonóides, é basicamente uma fonte de gordura e açúcar.

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