De coração, de sangue ou de alma, pai é sempre pai. Até mesmo na telinha, onde a arte imita a vida e reflete os desafios, as alegrias e as complexidades da paternidade. Para celebrar o Dia dos Pais, Tapis Rouge preparou uma lista especial com figuras paternas das novelas que nos ensinaram sobre amor, família e superação
Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br
Do pai coruja e afetuoso ao pai mais durão e superprotetor, as novelas brasileiras nos presenteiam com diversas figuras paternas que nos emocionam, nos inspiram e nos fazem, de alguma forma, reconhecer a importância deles não só na segunda semana de agosto. Por isso, em celebração ao Dia dos Pais, que ocorre neste domingo (11), Tapis Rouge relembra, em uma viagem nostálgica, os personagens paternos mais marcantes da teleficção nacional, que nos fazem rir, chorar e nos apaixonar por suas histórias. Confira.
José Inocêncio – Renascer (1993 e 2024)
O personagem da saga de Benedito Ruy Barbosa é uma das figuras paternas mais marcantes da dramaturgia brasileira. Patriarca de uma família tradicional, ele carrega consigo a culpa da morte de sua esposa durante o parto do filho, João Pedro. A fatalidade afeta negativamente a ligação entre pai e filho, que piora no futuro com a disputa da mesma mulher, Mariana. Porém, aos poucos, a relação dos dois se transforma, dando espaço para o perdão e a reconciliação. Nas duas versões da trama, foi interpretado por Antônio Fagundes e Marcos Palmeira (foto).
Edu – Coração de Estudante (2002)
A relação afetuosa de Edu, personagem de Fábio Assunção, com seu filho Lipe, vivido por Pedro Malta, é um dos pilares emocionais da novela Coração de Estudante. Na trama, Edu é um professor idealista, que decide ir morar na pacata cidade de Nova Aliança com seu filho, um menino curioso e inteligente. Com a mudança, o pai enfrenta diversos obstáculos, como as duras expectativas da sociedade e encontrar um equilíbrio entre a disciplina e o carinho.
César – Amor à Vida (2014)
A novela de Walcyr Carrasco apresentou a complexa e comovente relação de César, pai conservador, e Félix, filho gay não assumido. Interpretados por Antônio Fagundes e Mateus Solano, respectivamente, os personagens ficaram marcados por instigar o debate de temas como aceitação, preconceito e amor familiar. Apesar de manterem uma difícil relação ao longo da trama, os dois tiveram um final feliz, com César finalmente chamando Félix de “filho” na última cena da novela.
Tico Leonel – No Rancho Fundo (2024)
Interpretado por Alexandre Nero, Tico representa o típico patriarca brasileiro, um homem de personalidade forte, apegado às suas raízes e com um grande coração. Pilar dos ‘Leonel’, o personagem é casado com Zefa, papel de Andrea Beltrão, e pai de sete filhos, sendo três biológicos e quatro adotivos. A paternidade é um dos traços mais fortes de Tico, pois mesmo em meio a dificuldades financeiras e outros problemas, ele não deixa de acolher seus filhos.
Miguel – Laços de Família (2000)
O personagem, interpretado por Tony Ramos, é um exemplo de pai ideal. Além de ser presente e amoroso para sua filha Ciça, vivida por Júlia Feldens, Miguel tem um papel fundamental na vida de Paulo, interpretado por Flávio Silvino, que assim como na novela, também tem dificuldades motoras e necessidades especiais na vida real. A relação dos dois ficou marcada ainda pela figura de incentivador e aconselhador que Miguel desempenha para o filho.
Sidney – Cheias de Charme (2012)
Vivido por Daniel Dantas, Sidney é um homem de coração generoso e alma artística. Pai adotivo de Rosário, personagem de Leandra Leal, o dono de buffet se destaca por seu apoio e incentivo incondicional à carreira musical da filha, que sonha em ser uma grande cantora. Na trama, Sidney também ocupa o papel de mentor na vida de Rosário, lhe ensinando a importância da disciplina, da perseverança e da paixão pelo que se faz.