Deputada entra com ofício no Procon-SP para apurar venda de ingressos para shows do RBD

Nesta sexta-feira (3), a deputada federal Erika Hilton (PSOL) entrou com um ofício na Câmara dos Deputados de São Paulo para apurar as vendas dos shows do grupo RBD no Brasil. O documento, enviado ao Procon, solicita investigação de um suposto esquema entre cambistas e a Eventim, empresa responsável pelas vendas on-line.

As entradas para os shows foram esgotadas em menos de 10 minutos. Também houve relatos de pontos de venda em que cambistas apareciam portando armas de fogo.

Conforme Erika Hilton, caso o esquema ilegal fosse comprovado, o caso poderia ser considerado crime contra a economia popular, previsto na Lei nº 1.521/1951.

O RBD faz show em São Paulo em 16, 17, 18 de novembro e no Rio de Janeiro no dia 19. Leia o ofício na íntegra:

“À Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON

Ao Ministério Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Defesa do Consumidor Prezados,

Dirijo-me à Vossa Excelência na condição de Deputada Federal pelo Partido Socialismo e Liberdade de São Paulo (PSOL/SP), na expectativa de obter esclarecimentos em referência ao suposto esquema entre cambistas e a empresa Eventim Brasil, que forneceu os ingressos para o show da banda RBD, previsto para acontecer na segunda quinzena de novembro de 2023.

A referida banda, que possui uma legião de fãs no Brasil, anunciou que realizaria shows no Brasil no ano de 2023. A venda dos ingressos ficou sob responsabilidade da empresa Eventim Brasil, que os disponibilizou em seu site no dia 03 de fevereiro, a partir das 10h. Segundo portais de notícias, os ingressos se esgotaram em menos de 10 minutos, o que causou bastante frustração aos fãs da banda, que passaram a manifestar sua suspeita de que a compra em massa havia sido realizada por cambistas.

A suspeita foi confirmada em nota publicada pelo R7, que afirmava que diversos pontos de venda estavam tomados por cambistas portando armas de fogo para intimidar os fãs. Há também um vídeo que circula nas redes sociais, onde é afirmado que a empresa responsável pela venda dos ingressos possui um esquema com os cambistas.

Uma vez sendo comprovado o esquema ilegal de vendas de ingressos, a situação poderia configurar crime contra a economia popular, previsto na Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951, por configurar ato de manipulação ilegal de preços e tendências de mercado, lesando os consumidores do mercado artístico-cultural no país.

Diante desses fatos, venho por meio deste ofício solicitar a abertura de investigação acerca das denúncias de esquema ilegal relativas à venda de ingressos para o show da banca RBD por parte da empresa Eventim Brasil.

No mais, renovamos nossos votos de estima e consideração, e certos da atenção de Vossa Senhoria, nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.”

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