Daslu vai a leilão em maio, junto dos espólios de falência

Marca pediu recuperação judicial em 2010 e fechou a última loja física em 2013

Aflaudísio Dantas
aflaudisio@ootimista.com.br

A marca Daslu e os espólios que sobraram do seu processo de falência vão a leilão no dia 11 de maio. A antiga loja de itens de luxo fechada há seis anos deixou roupas de grife, aparelhos de jantar chiques e outros artigos de primeira linha. Todos esses itens estarão disponíveis para lances, cuja cereja do bolo será a própria marca.

O responsável pelo leilão, Sodré Santoro, acredita que o comprador da marca Daslu terá a chance de resgatar a aura de exclusividade que o nome carrega. Existem obstáculos no caminho. Um dos principais motivos da falência da companhia foi uma crise de reputação que atingiu a Daslu.

A fundadora da empresa, Eliana Tranchesi, foi presa em 2005, por sonegação fiscal e por importar e vender produtos de forma ilegal. A partir se seguiu um processo de esvaziamento de caixa e declínio de reputação até a situação fica insustentável, em meados de 2010.

Nos seus últimos suspiros, a Daslu vivia episódios vexatórios, como falta de produtos em estoque e a clientela deixou de frequentar as unidades que pareciam mansões.

O jeito foi entrar em processo de recuperação judicial, com dívidas que ultrapassaram R$ 80 milhões. Em 2011 a companhia foi vendida para o fundo Laep, de Marcos Elias, empresário que já foi dono da Parmalat no Brasil.

Eliana Tranchesi morreu em 2012 e não viu a última tentativa de sua empresa na luta pela sobrevivência. Nesse processo de reinvenção a Daslu virou uma rede de lojas multimarcas com presença em alguns shoppings, mas o resultado não foi o esperado. Pelo contrário, a Daslu viveu situações inconvenientes, como uma ação de despejo em 2016, no Shopping JK por não pagar o aluguel. Atraso de outras contas como água e luz, além de dificuldades para pagar os funcionários eram outros problemas recorrentes.

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