Naara Vale – naaravale@ootimista.com.br
Para muitos, 2020 foi um ano para se reinventar, de se descobrir, de se desafiar. Para o casal Brena Marques e Juvêncio Sales, caps do Brena Gourmand, 2020 também foi um pouco disso tudo. Mas, sobretudo, foi o início de um empreendimento que começou tímido e hoje é sucesso absoluto.
Em um carro que os clientes já apelidaram de “carro delícia”, Juvêncio roda diversos bairros de Fortaleza ao longo da semana vendendo os bolos que a Brena e uma equipe de cinco pessoas produzem em casa. No início, ainda em 2020, eram cerca de 10 bolos vendidos por dia. Mas a propaganda boca a boca foi se espalhando, amigas começaram a comprar para presentear outras amigas, a coisa foi crescendo ao ponto de apenas um motoqueiro não dar mais conta de entregar todos os pedidos que feitos pelo WhattasApp.
“As clientes antigas da Brena compravam de 10 a 15 bolos para dar de presente”, conta Juvêncio. Foi aí que eles começaram a utilizar o carro para trazer mais quantidades de bolos do Eusébio (onde fica produção) para Fortaleza. “Numa semana a gente vendeu 50 bolos, na outra 100, na outra 300. Hoje, a gente vende uma média 3 mil bolos por mês”, calcula o empreendedor, que já comprou o segundo carro para vender seus bolos e já planeja chegar a uma frota de “carros delícia”.

Fila do bolo
Por onde passa, o bolo da Brena é um sucesso. Os locais onde o “carro delícia” estará são divulgados no dia anterior através do perfil @brenagourmand no Instagram e assim que estaciona, os clientes já estão formando fila para comprar.
Com foco nos bolos fofos, o cardápio é variado em sabores e tamanho. O carro-chefe da Brena Gourmand é o bolo queijadinha (R$ 55), mas o cliente pode se deliciar também com o bolo de milho (R$ 30), de cenoura (R$ 25), banana cremoso (R$ 40), chocolatudo (R$ 85), entre outros. “Sessenta por cento das vendas é de bolo queijadinha e os outros 40% dos outros bolos juntos. O de banana é o segundo mais vendido e o de milho, o terceiro”, conta Brena.
O início
O início do Brena Gourmand foi em 2013, quando Brena e Juvêncio começaram a levar quitutes feitos em casa para receber para os amigos do encontro de casal da igreja. Já que o casal não compartilhava as receitas, os amigos começaram a fazer encomendas. Brena, que é educadora física de formação, começou a se dividir entre as encomendas de doces e salgados e suas aulas como personal trainer.
Com a chegada da pandemia, em 2020, durante o lockdown, ela ficou sem suas alunas de personal e, com o fim das festas, sem as encomendas de bolos recheados de aniversário e pratos salgados. Foi aí que ela começou a se dedicar mais aos bolos fofos, que sempre estiveram no cardápio, mas nunca tinham recebido tanta atenção. Um forno comprado há seis anos e pouquíssimo usado começou a entrar em ação. As clientes que encomendavam bolos recheados para festas começaram a comprar os bolos para o café da tarde, para aquecer o coração de gente querida e o resto da história você já conhece.