O Homem do Norte estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas, acompanhando um guerreiro em busca de vingar a morte do pai e salvar a mãe. Elenco tem nomes de peso, como Nicole Kidman, Willem Dafoe e Ethan Hawke
Danielber Noronha
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Em se tratando do cineasta Robert Eggers, existem dois times: os que amam seus trabalhos e aqueles que odeiam. Um exemplo disso é o terror A Bruxa (2015), do qual ele assina a direção. Considerado um dos mais visionários da nova geração que ascendeu em Hollywood, ele retorna com o suspense nórdico O Homem do Norte, que tem como pano de fundo as guerras por poder e territórios de povoados da Islândia. O novo filme estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas após alguns adiamentos em virtude da pandemia e chama atenção pelo elenco de estrelas que reúne Alexander Skarsgard, Anya Taylor-Joy, Nicole Kidman, Ethan Hawke e Willem Dafoe.
O filme se inspira em um dos mitos mais icônicos da cultura nórdica, o conto do Príncipe Amleth – aqui interpretado por Skarsgard -, que foi apropriado na sequência por Shakespeare, inspirando a famosa peça teatral Hamlet. As origens de Amleth, mito datado do Século X, remontam aos escritos do historiador dinamarquês Saxo Grammaticus, que escreveu um dos documentos mais importantes da história e fantasia nórdicas: a Gesta Danorum.
Jornada do protagonista
O longa começa com Amleth ainda adolescente, mas prestes a atingir a idade necessária para assumir o trono do pai, o rei Horvendill (Ethan Hawke). Contudo, antes da cerimônia de sucessão do trono, o rei é vítima de uma emboscada e acaba sendo morto na frente do próprio filho, que consegue ver também o mandante da ação, capitaneada pelo próprio tio Fjölnir (Claes Bang). Para não ter o mesmo fim, ele foge do povoado, deixando para trás sua mãe, a rainha Gudrún, interpretada por Nicole Kidman, que acaba se tornando prisioneira após o assassinato do marido.

Cerca de 20 anos após todos esses ocorridos traumáticos, ele consegue retornar ao povoado, desta vez como guerreiro viking, disposto a buscar vingança e salvar a vida da mãe, como um mantra que se repete na cabeça dele quase como uma profecia. Para cumprir tais propósitos, ele contará com a ajuda da vidente Olga. Quem vive a misteriosa personagem é Anya Taylor‑Joy, que repete a parceria com o diretor após protagonizar A Bruxa.
Produção
Para dar realismo às sequências, os navios, um barco do tipo dracar e um knörr, navio mercante mais pesado, foram construídos à mão na República Tcheca. Em seguida, o departamento de produção teve que transportá-los pela Europa, em meio ao bloqueio das fronteiras por conta da pandemia. Já para as cenas marítimas adicionais, a produção utilizou navios de um museu na Irlanda, e vários outros do Museu de Construção Naval de Roskilde, na Dinamarca. Tommy Dunne, que também trabalhou na série Game of Thrones, esteve presente na equipe que confeccionou todas as armas típicas dos vikings.
Com tamanha riqueza de detalhes e grande sequências de ação, o filme teve custos orçados em cerca de US$ 90 milhões, sendo assim o mais caro da carreira de Eggers, que assinou apenas outro longa além de A Bruxa, O Farol, de 2019, protagonizado por Robert Pattinson e Willem Dafoe.
Embora o atual trabalho não tenha nem sido visto pelo público ainda, o diretor de 38 anos já trabalha em um novo projeto: o remake de Nosferatu, clássico do cinema mudo dirigido por F.W. Murnau, que adapta a famosa história de Drácula. O projeto, segundo ele, está em fase de pré-produção e ainda não tem data de estreia.
Serviço
O Homem do Norte
Dirigido por Robert Eggers, filme estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas
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