Baseado no livro homônimo, Instinto Materno estreia nos cinemas nesta quinta- feira (28) e promete um suspense clássico, bem ao estilo Hitchcock, com doses de questionamentos sobre os limites entre a maternidade e a obsessão

Sâmya Mesquita
samya@ootimista.com.br

No universo da sétima arte, o suspense sempre encontrou terreno fértil para explorar os meandros da psique humana. E no dia 28 de março, os cinemas serão palco para o lançamento de Instinto Materno, filme que promete envolver o público em uma trama de amizade, segredos e tensão psicológica. Estrelado pelas vencedoras do Oscar Anne Hathaway (O Diabo Veste Prada e Os Miseráveis) e Jessica Chastain (Histórias Cruzadas e A Hora Mais Escura), o longa, inspirado no livro de Barbara Abel, mergulha fundo na delicada fronteira entre a maternidade e a obsessão, desvendando o lado mais sombrio dos instintos maternos.

A narrativa apresenta as vidas aparentemente perfeitas das amigas Alice (Jessica) e Céline (Anne), vizinhas cujo cotidiano idílico e quase tedioso é abalado por um trágico acidente envolvendo um de seus filhos. A trama se desenvolve em meio às transformações sociais da década de 1960 nos Estados Unidos, explorando os papéis sociais das mulheres e homens na época e a importância dada à maternidade.

Foram as protagonistas, que também produzem o filme, quem convidaram o diretor de fotografia francês Benoît Delhomme para a direção geral do longa — a primeira de sua carreira. Para o diretor, que mergulha visualmente na glamurosa era de ouro do suspense, trazer o charme desse período foi uma oportunidade única de explorar novas possibilidades estéticas. “Adoro os filmes dos anos 1960 e me senti atraído por esse período. E mesmo que eu não tenha nascido nos Estados Unidos, eu senti que poderia transpor isso de uma forma nova”, compartilhou em entrevista o diretor de fotografia de A Teoria de Tudo e Os Infratores.

A trama, que ganhou vida pelas mãos de Sarah Conradt no roteiro, destaca-se pela construção de cenas tensas e pela dualidade das personagens. Outro grande ponto é o aprofundamento das protagonistas, onde podemos ver muito bem a dualidade das duas, muitas vezes nos questionando sobre quem está certa e quem está enlouquecendo.
O filme não só faz uma justa homenagem a uma década de sucessos do suspense, como Psicose (1960) e Os Pássaros (1963), como também por elementos que esses filmes de Alfred Hitchcock apresentam: não só um assassinato no começo do filme, mas o cair das máscaras sociais, a constante dualidade das protagonistas — inclusive com cores de cabelo opostas — e um final surpreendente.

Assista ao trailer:

Serviço

Instinto Materno
Estreia em todos os cinemas nesta quinta-feira (28).
Classificação indicativa de 14 anos.