Estudos recentes mostram que o Ceará vem se destacando no mercado de flores e hoje é considerado o terceiro na oferta de produtos de floricultura para o mercado interno. No período de 2006 a 2017, o número de produtores locais saltou de 295 para 730, crescimento de aproximadamente 148% da cadeia produtiva, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dentre as iniciativas do Governo para alavancar a produção de flores e atração de produtores estavam a implementação dos programas “Cearense de Agricultura Irrigada” e de “Desenvolvimento do Agronegócio da Floricultura”, além da contratação de consultores estrangeiros para qualificar os floricultores sobre técnicas de cultivo mais adequadas. Outros projetos também passaram a auxiliar a cadeia, como a Escola de Floricultura do Ceará (Tecflores), Centro Agroflores de Inovação Tecnológica, Projeto Florescer, Produção de Cactus no Semiárido, Flores Tropicais e o Projeto Caminhos de Israel de Flores.
Novos voos
A produção de flores brasileiras, inclusive a local, já teve como um dos principais destinos o mercado exterior. O Ceará, entre 1997 e 2014, chegou a crescer mais de 300 vezes seu volume de exportação de flores e plantas ornamentais. De 1997 a 2017, o valor exportado somou US$ 44,23 milhões e o importado US$ 5,61 milhões, gerando um superávit de US$ 38,62 milhões. Com a implantação do hub aéreo em Fortaleza, a tendência é que os produtores voltem a enviar parte da produção para o mercado exterior.
Polos
O Ceará possui seis polos produtores de flores, sendo o maior deles o da Serra da Ibiapaba, por contar com fatores geográficos favoráveis. O clima tropical úmido, altitude de 900 metros em relação ao nível do mar e temperatura média anual de 21°C são pontos positivos para o cultivo de flores. Quase três mil horas de sol por ano, ausência de granizo e geadas e a proximidade com a Linha do Equador também contribuem.