Atração no Iguatemi Hall nesta sexta, Fagner detalha show “Eu Canto” e celebra relação íntima com Fortaleza

Prometendo uma noite memorável aos fãs da música popular brasileira, o cantor Fagner sobe ao palco do Iguatemi Hall nesta sexta-feira (25), com a turnê “Eu Canto”. Em entrevista exclusiva ao Tapis Rouge, o artista fala sobre as expectativas para reencontrar com o público fortalezense e novos lançamentos

Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br

Patrimônio cultural imaterial do Ceará e do Brasil, o cantor Fagner se apresenta nesta sexta-feira (25), a partir das 21h, no Iguatemi Hall com a turnê “Eu Canto”. A digressão, batizada com o mesmo título de um dos álbuns de maior sucesso do artista, apresenta um repertório que celebra a extensa e bem sucedida trajetória musical de Fagner, reunindo canções que marcaram época e gerações, como “Cigano”, “Fanatismo”, “Motivo”, “Jura Secreta”, “Espumas ao Vento” e “Borbulhas de Amor”. Outros detalhes acerca do show, Fagner revela com exclusividade em entrevista ao Tapis Rouge, além de antecipar detalhes sobre os próximos lançamentos.

“Esse show tá vindo inspirado muito na minha relação com os músicos e artistas aqui do Ceará. A turnê que estamos fazendo e que, de certa forma, tem um público muito especial. (…) um show único e que a gente vem amadurecendo, que contempla várias fases [da minha carreira]. Esse nome [da turnê] é muito forte! Eu terminei colocando esse título porque pode ser que ele também sirva para outras questões do trabalho”, comenta o cearense.

“Fortaleza, eu só penso em você”

A apresentação na “Terra da Luz” tem um significado especial para Fagner. Não só pela relação com o público fortalezense, que sempre foi muito estreita, mas pelas histórias que o cantor já viveu na cidade. “Quando nasci em Fortaleza, atravessei todos os processos. Sempre tendo que vir aqui para [Fortaleza] ou começar por aqui”, relata. Além disso, o compositor também exalta artistas da cena musical fortalezense, em especial o guitarrista Cristiano Pinho, que faleceu em 2023. “Fortaleza sempre teve grandes músicos. Aproveito para fazer uma homenagem muito especial ao Cristiano Pinho, que ficou comigo por 30 anos”, declara o músico, que possui um time de colaboradores formado em sua maioria por conterrâneos.

Fagner ressalta ainda a forte ligação com a capital cearense ao falar sobre a importância que a música “Mucuripe” possui para ele. A faixa, composta em 1970 por Belchior (1946-2017), grande artista cearense e amigo de longa data do cantor, o toca intimamente. “Mucuripe é uma música que tem uma história incrível. Para uma maioria que já é de uma idade, tem essa música como referência, né!? Essa minha parceria com Belchior é uma música das mais marcantes. É uma música que traz uma emoção enorme. Eu ainda estou aí, a cidade chegou onde chegou, o Mucuripe continua”, celebra.

O sucesso, que leva o nome de um dos principais cartões postais de Fortaleza, também está presente no repertório da turnê, que é construído a partir da resposta do público, principalmente, conforme detalha o artista. “Você ter mais ou menos um repertório básico para cada show, para cada plateia, cria ali uma química. Podemos começar com uma ou com outra [música], vai depender dos sentimentos. No fundo, é o público que se envolve e ele que dá a direção do show. Pode ser até que a gente faça uma ou duas músicas que a gente não venha cantando, que possam ser ideais para o local na hora”, conta.

Por fim, o cantor compartilha suas expectativas para o show. Refletindo sobre a longa relação com a cidade e com o Iguatemi Hall, ele projeta uma noite de grandes sentimentos. “Certamente, a gente vai ter uma noite linda, o público aqui é fantástico e eu vou ficar muito feliz. Cantar aqui é sempre uma grande emoção, vem um filme na cabeça, porque eu já passei por todos os lugares. E quero me despedir desse lugar bonito. Tenho certeza que vai ser uma despedida melancólica”, antecipa Fagner, salientando o apreço pelo Iguatemi Hall, que encerra atividades em agosto.

Novos projetos  

Junto da nova turnê, o artista cearense trabalha na produção de dois novos álbuns de estúdio. Sem títulos definidos, os projetos contemplam diferentes gêneros musicais, ressaltando a versatilidade de Fagner. Os trabalhos também não possuem data de lançamento, mas, conforme o cantor, a estreia mais próxima será do álbum de Bossa Nova. “Eu ainda gravei duas músicas, uma com a Wanda Sá, chamada ‘Samba Em Prelúdio’, que é uma música conhecidíssima do meu parceiro Vinícius de Moraes. Buscamos [também] uma música chamada ‘Tereza da Praia’, gravada por Dick Farney e Lúcio Alves – responsável por originar a Bossa Nova”, expõe.

O outro trabalho musical em andamento conta com a participação dos cantores e compositores Tauan e Nando Cordel. Sobre o disco, Fagner compartilha: “Estamos cantando músicas importantes de grandes artistas, uns forrós bem transados. São músicas brasileiras, nordestinas, como ‘Eu Só quero um Xodó’. Esse é um dos projetos que eu mais gosto. Com o Dorgival Dantas gravamos um clássico dele. Cara, tá muito lindo esse disco”, conclui.

serviço

Fagner em “Eu Canto”
Nesta sexta-feira (25)
No Iguatemi Hall (Av. Sebastião de Abreu, 422 – Edson Queiroz)
Ingressos a partir de R$ 100 no Ingresse.com
Abertura dos portões às 19h
Mais: @iguatemihall no Instagram

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