Após sucesso de “Pantanal”, Jesuíta Barbosa fala com exclusividade sobre novos passos da carreira

O ator Jesuíta Barbosa fala com exclusividade sobre o atual momento da sua carreira e quais as suas expectativas para os trabalhos futuros, após o grande sucesso de Pantanal. Ele também revisita projetos do passado e explica quais os desafios da carreira

Thiago Rocha
thiago@ootimista.com.br

Após passar 17 meses entre o Rio de Janeiro e o Mato Grosso do Sul gravando a novela Pantanal, o ator Jesuíta Barbosa deixou o personagem Jove para trás, veio a Fortaleza e aproveitou para curtir o litoral cearense ao lado do namorado, Cícero Ribeiro. Entre um banho de mar e outro, o pernambucano criado no Ceará conversou com Tapis Rouge sobre o atual momento do audiovisual brasileiro e disse que a eleição do presidente Lula foi importante para a cultura.

Tapis Rouge – Como você avalia a carreira na TV, depois de protagonizar novelas na maior produtora de conteúdo audiovisual do País?

Jesuíta Barbosa – A produção em teledramaturgia é uma grande conquista no Brasil. Temos um histórico de muita qualidade. Fico feliz em participar de projetos bem escritos, como os roteiros do George Moura, por exemplo.

TR – O cinema foi muito importante até agora na sua carreira, lhe dando uma visibilidade enorme e mostrando a grande versatilidade de tons que consegue imprimir em personagens diversos. Como é a tua relação com a Sétima Arte?

Jesuíta Barbosa – Eu saúdo o cinema nacional porque sei da sua importância para a formação de opinião social, de perspectivas sobre a política no País e no mundo. Temos um cinema potente e que merece ser apreciado a cada dia. Fico feliz em saber que agora temos um presidente eleito estará em função da produção audiovisual e cultural como um todo.

TR – Qual o maior desafio que enfrentou em sua carreira?

Jesuíta Barbosa – O maior desafio é o de agora, persistente que estou no meu trabalho e no cuidado com meu caráter.

TR – Quais os planos para o futuro?

Jesuíta Barbosa – Agora, inclusive, quero cuidar de projetos no cinema. Uma cinebiografia de um grande artista musical está por vir. Isto me anima!

TR – Muitos atores estão indo para o streaming. Você acha um movimento normal? Pensa em migrar também um dia?

Jesuíta Barbosa – O streaming é um movimento natural da tecnologia. As produções no Brasil agora diversificam em sua criação e gêneros. Temos aque cuidar da qualidade dessas dramaturgias que, por vezes, penso estarmos ainda engatinhando. A escrita é fundamental, mas para isso precisamos de formação. É, de novo, questão educacional.

TR – Você trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro, de Karim Aïnouz a Cacá Diegues. Como é a relação que você estabelece nos sets com esses cineastas?

Jesuíta Barbosa – Cada projeto é diferente do outro. Karim é um homem muito criativo e inteligente. Sabe guiar um set com bom humor e, ainda, muita seriedade. É um grande maestro, qual lembro brincar de reger até as ondas do mar, enquanto filmávamos na praia. Esta cena nunca saiu da minha cabeça.

TR – Depois do grande sucesso no cinema e na TV, você voltou aos palcos na montagem brasileira do musical “Lazarus”, onde interpretou o papel que coube a David Bowie na versão original. Como foi essa experiência?

Jesuíta Barbosa – O teatro em São Paulo é muito bem amparado por políticas municipais e estaduais. Ali temos uma boa formação de público e eu tive a felicidade de trabalhar com Fellipe Hirsh, um exponente de direção e de dramaturgia no Brasil. É um espetáculo no qual eu gostaria de voltar a estar em temporada. “Lazarus” é uma experiência muito distinta dos outros projetos em que estive.

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