“Ainda Estou Aqui” é eleito o melhor filme do ano pela crítica internacional

Um ano após sua estreia no Festival de Veneza de 2024, o longa “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, segue acumulando prêmios e reconhecimento pelo mundo. Depois de conquistar o Oscar de melhor filme internacional — feito inédito para o cinema brasileiro — a produção acaba de receber o Grand Prix FIPRESCI, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema ao melhor filme do ano.

A votação, que reuniu 739 críticos de 75 países, marcou a primeira vez em que uma obra brasileira levou o troféu. Salles receberá o prêmio no próximo dia 19 de setembro, durante a abertura do Festival de San Sebastián, na Espanha. Desde 1999, o Grand Prix já foi entregue a cineastas consagrados como Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón, Terrence Malick, Yorgos Lanthimos e Chloé Zhao.

Estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, o filme soma prêmios em 61 festivais e premiações nacionais e internacionais. Além do Oscar e do novo reconhecimento da FIPRESCI, o longa venceu o Globo de Ouro de melhor atriz, o Leão de Prata de melhor roteiro em Veneza e 13 estatuetas no Troféu Grande Otelo, no Brasil.

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda estou aqui” retrata a história real do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura militar e o impacto da perda sobre sua família, liderada por Eunice, interpretada por Fernanda Torres. Entre memória e resistência, a obra reafirma não apenas a força da narrativa, mas também o lugar do cinema brasileiro no cenário mundial.

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