Ednardo retorna ao Cineteatro São Luiz para celebrar seus 50 anos de carreira com um show especial nesta quarta-feira (31). O repertório de um dos artistas mais proeminentes do movimento Pessoal do Ceará inclui clássicos como Pavão Mysterioso e Beira Mar, mas também canções inéditas
Com certeza, a história da Música Popular Brasileira não seria tão rica se Ednardo tivesse seguido carreira na Engenharia Química. Um dos maiores representantes do movimento Pessoal do Ceará, que ganhou o País nos anos 1970, comemora 50 anos de carreira em apresentação especial no Cineteatro São Luiz, nesta quarta-feira (31), às 19h.
O cantor e compositor cearense promete um show emocionante com um repertório recheado de clássicos como Beira Mar, Longarinas, Pavão Mysterioso e Ingazeiras, além de canções inéditas. O espetáculo contará com um cenário digital composto por vídeos e fotos que retratam sua trajetória musical, tudo isso acompanhado por uma grande banda.
Após uma série de shows com ingressos esgotados pelo Brasil, incluindo apresentações no Teatro Riachuelo em Natal, no Festival Jazz & Blues em Guaramiranga, e no Sesc Belenzinho em São Paulo, Ednardo retorna à sua terra natal para um evento especial. “Mais que expectativas, tenho perspectivas e certezas de que haverá uma empatia maravilhosa.
O público que frequenta meus shows em todo o Brasil tem um carinho e atenção que me emociona muito, e aqui na minha terra é bem intenso”, diz Ednardo ao Tapis Rouge.
Tocar em casa tem um sabor especial para o artista, que sempre recebe um carinho particular do público cearense. “O público cearense é maravilhoso e me trata bem e com carinho e é participante e atento, conhecendo detalhes de minha obra artística. Isto me deixa muito grato e retribuo com meu respeito para com eles de forma recíproca”, afirma.
50 anos de carreira
Ednardo, nome artístico de José Ednardo Soares Costa Sousa, projetou-se nacionalmente ao lado de grandes nomes, como Amelinha, Belchior, Fagner e Fausto Nilo. E ganhou ainda mais destaque quando Pavão Mysteriozo (1976) virou tema de abertura da novela Saramandaia, da Rede Globo. Foi um dos maiores críticos da Ditadura Militar. Especialmente quando, em 1979, foi protagonista do movimento Massafeira Livre, que reuniu vários artistas cearenses para a gravação de um disco homônimo — inclusive com a presença do poeta Patativa do Assaré.
O artista fala que sua carreira é marcada por momentos significativos que construíram sua identidade artística ao longo das décadas. “Todos os momentos são importantes, pois cada coisa a seu tempo é digna de rememorar e comemorar. São fases distintas e foram se construindo ao longo do tempo conforme eu ia navegando e vivenciando. Mas continuo na caminhada e fazendo mais”.
O cantor recentemente lançou um EP com duas canções inéditas, BIP BIP, em parceria com Belchior (1946-2017), e De Areia e Vento, composta junto com Tânia Cabral, ambas escritas na década de 1970 — e que devem estar no show. “O repertório traz músicas que realizei e que estão nos corações e mentes das pessoas e algumas outras de colegas os quais acho admiráveis e fazem parte do que gosto. Tem também uma inédita e outra pouco conhecida e que gosto de cantar”, revela.
A apresentação especial é apoiada pela Fecomércio CE, pelo Sistema CNC Sesc Senac, pelo Cineteatro São Luiz e pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará. Os ingressos já estão esgotados, mas sugere-se que os compradores levem a doação de 1kg de alimento não perecível para o programa Ceará Sem Fome.
Serviço
Especial “Ednardo 50 Anos de Canções”
Cineteatro São Luiz Quarta-feira, 31 de julho, às 19h
Ingressos esgotados
Classificação livre






















