Aguinaldo Silva explica motivo para não escalar Murilo Benício em novelas

Aguinaldo Silva, autor de novelas de sucesso da TV Globo, abriu o jogo sobre sua carreira na dramaturgia e revelou o motivo de sua demissão da Globo em 2020 após 41 anos de casa. Em entrevista à Veja, divulgada nesta sexta-feira (5), Aguinaldo também confessou por que evitava escalar o ator Murilo Benício para suas produções.

Enquanto esteve na Globo, Aguinaldo Silva assinou sucessos como “Roque Santeiro”, “Vale Tudo”, “Senhora do Destino” e “Fina Estampa”. Seu último trabalho na emissora foi “O Sétimo Guardião”, em 2019. Sobre sua saída, o autor relatou: “O que realmente me chateou e achei impróprio foi um rapaz da Globo me ligar no dia 1º de janeiro, em pleno feriado, às 8h da manhã, para me avisar que [o contrato] não seria renovado”. Ele mencionou que a decisão veio durante a gestão de Silvio de Abreu na dramaturgia e Carlos Henrique Schroder na direção-geral, ambos também já fora da emissora. “Fiquei até aliviado quando sai da Globo. A perspectiva de escrever mais uma novela naquele sistema já não me agradava mais”, desabafou.

Aguinaldo explicou que, durante seu tempo na Globo, ele evitava trabalhar com Murilo Benício devido a um “certo incômodo” com a maneira do ator articular as falas. “Tinha algo que lembrava o James Dean, que resmungava as palavras meio entre os dentes. Mas não tenho nenhum problema pessoal com o Murilo, tanto que se me perguntarem se trabalharia hoje com ele, digo que sim”, esclareceu o dramaturgo.

Ele também relembrou uma situação com José Lewgoy durante a novela “O Outro”, em 1987. “O único profissional que tirei de fato de uma novela minha, depois da trama no ar, foi o José Lewgoy. Ele fazia comentários maldosos nos bastidores, inclusive sobre o autor, o que acabava prejudicando o clima da novela. Optei por matar o seu personagem”, contou Aguinaldo, evidenciando o impacto das atitudes nos bastidores na dinâmica de trabalho em suas produções.

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