No mundo dos relógios de luxo, até mesmo a menor diferença estética pode ter um impacto significativo no valor. Um exemplo notável é a comparação entre os modelos Rolex GMT Master II “Pepsi” e “Batman”. À primeira vista, esses relógios parecem quase idênticos, com a única distinção sendo a cor do bisel – a moldura ao redor do mostrador. No entanto, essa sutil diferença de cor tem gerado resultados drásticos no mercado de revenda.
De acordo com o Bloomberg Subdial Watch Index, que acompanha os preços de relógios de pulso no mercado secundário, o Rolex GMT Master II com moldura vermelha e azul (“Pepsi”) teve um aumento de 4,1% em seu valor no último ano, chegando a cerca de US$ 21 mil. Em contraste, o modelo “Batman”, com bisel preto e azul, experimentou uma queda de 10,1% no mesmo período, valendo agora cerca de US$ 16 mil.
É importante ressaltar que, no varejo autorizado, ambos os relógios são vendidos pelo mesmo preço – cerca de US$ 10.700 – com a mesma pulseira Oyster de aço inoxidável da Rolex. A divergência nos preços do mercado secundário é atribuída à percepção de raridade e desejabilidade de cada modelo.

Especula-se que a produção do “Pepsi” GMT possa ser descontinuada em breve, devido a desafios na fabricação da moldura vermelha e azul. Essa possibilidade, combinada com a alta demanda pelo modelo, impulsionou seu valor no mercado secundário. Já o “Batman”, lançado em 2013, não apresenta os mesmos rumores de descontinuação, o que contribui para sua desvalorização.

Vale destacar que a Rolex, maior marca de relógios suíços, não divulga números de produção para modelos específicos. Mas estima-se que a marca fabrique cerca de 1,2 milhão de relógios por ano, com o “Pepsi” continuando a ser um dos mais difíceis de adquirir em revendedores autorizados.