Quinta edição do Festival da Música de Fortaleza começa hoje; 30 canções concorrem ao prêmio

O Festival da Música de Fortaleza chega à sua quinta edição, com 30 composições selecionadas e a participação de artistas renomados na banca julgadora. O evento conta ainda com homenagens a importantes figuras da música cearense

Sâmya Mesquita
samya@ootimista.com.br

Diversos festivais que aconteceram nas últimas décadas exaltaram nomes como Fagner, Ednardo e Belchior, que levaram ao Brasil o movimento Pessoal do Ceará. Hoje, com o objetivo de valorizar a genialidade do povo alencarino e impulsionar a próxima geração de músicos de sucesso, o Festival da Música de Fortaleza chega à sua quinta edição, que tem início hoje (27) e vai até sábado (29), no Teatro Municipal São José. O evento, realizado pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), contará com a apresentação de 30 composições selecionadas por meio de edital, que disputarão o prêmio de R$ 30 mil para o primeiro lugar, R$ 15 mil para o segundo lugar e R$ 8 mil para o terceiro colocado, além do prêmio de R$ 8 mil para o melhor intérprete.

Este ano, todos os classificados receberão a quantia de R$ 800. Ao todo, foram 127 inscrições, que resultaram nos 30 selecionados para se apresentarem no festival. Os músicos serão avaliados por uma comissão julgadora, que levará em consideração a originalidade da música, a criatividade da letra, a melodia e a harmonia. As eliminatórias acontecerão nos dois primeiros dias do festival, sendo 15 apresentações hoje (27) e outras 15 na sexta-feira (28). A grande final será no sábado (29), com os 12 selecionados das duas noites de eliminatórias.

O secretário de Cultura de Fortaleza, Elpídio Nogueira, disse ao Tapis Rouge que os dias de festa devem trazer benefícios à cidade que vão além do fomento à arte. “O Festival da Música de Fortaleza já é uma política cultural da cidade porque, além de revelar novos talentos, de revelar novos sucessos para a cultura musical, proporciona que vários segmentos da sociedade possam desenvolver suas atividades e aquecer a economia local, desde o vendedor de picolé, de churrasco, ao operador de som. […] Além do mais, [o evento] pode atrair turistas que, visitando a cidade, têm a oportunidade de ver um festival de música que é muito querido no nosso país”, considera.

A edição deste ano presta homenagem ao músico Luizinho Duarte, que deixou a cena musical de Fortaleza há um ano, coincidentemente, no dia da final do IV Festival. O multi-instrumentista e compositor cearense ficou conhecido por passear entre ritmos brasileiros, como baião, frevo, choro, samba e bossa nova, através do seu trabalho no grupo Marimbanda. Tarcísio Sardinha, que partiu em abril de 2022, também será homenageado no Festival. Sardinha era o mestre de muitos músicos cearenses, além de professor e arranjador com uma trajetória extensa na música.

O diretor musical do festival é Mimi Rocha, guitarrista, produtor e gestor cultural. Ele se apresenta com banda composta por outros artistas de renome local, como Herlon Robson (teclado e sanfona), Pantico Rocha (bateria), Nélio Costa (baixo), Henry Gael (sax e flauta) e Hoto Jr (percussão). Ao Tapis Rouge, ele adianta que os finalistas trouxeram produções criativas e até experimentais, que devem instigar o ouvinte e fazer a cidade perceber que a música cearense é verdadeiramente multifacetada. “Tem uma rock and roll; tem uma com muita coisa regional, uns xotes, baiões, maracatus; tem música pop; têm  até umas músicas experimentais: duas músicas que têm uma matemática bem experimental, diferenciada. Então, como músico, arranjador e programador musical, eu fico realmente satisfeito em ter um material muito bom. […] Quem for assistir ao festival não ficará decepcionado com o nível altíssimo das músicas”, salienta.

Serviço

Festival da Música de Fortaleza
De 27 a 29 de abril, às 19h
Teatro Municipal São José. Rua Rufino de Alencar, 299 – Centro
Acesso gratuito

Músicas participantes

“Maré” (Compositor e intérprete: Guilherme Rabelo)
“Encontro” (Compositora e intérprete: Bianca Rufino)
“Rimas” (Compositores: Haroldo Paula, Henrique Torres e Luciana Teófilo / Intérprete: Drielly Alexandria)
“A riqueza do sertão” (Compositor e intérprete: Leonardo Luna)
“Afinal” (Compositor e intérprete: Marquinho Ribeiro e Caio Braga)
“Água Doce” (Compositor: Paulo Maia / Intérprete: Juliana Eva)
“Sinal de fumaça” (Compositor e intérprete: Zéis)
“Viemos do Mar” (Compositor e intérprete: Alan Morais)
“Passo” (Compositor e intérprete: Caio Castelo)
“Tô sem gosto” (Compositor e intérprete: Ismael Araujo)
“Bárbaras palavras acesas” (Compositor e intérprete: Luciano Brayner)
“Tatuagem” (Compositora e intérprete: Mulher Barbada)
“Iracema” (Compositor e intérprete: Rodrigo Sanfoneiro)
“Morro da Conceição” (Compositor e intérprete: Amauri Nascimento)
“Outro caminho” (Compositor e intérprete: Daniel Lemos)
“Psicodélico da vez” (Compositor e intérprete: Jarbas Bendor)
“1998” (Compositor e intérprete: Maia Neto)
“Fila do osso” (Compositores: Paulo Araujo, Mauro Aguiar e Claudia Pontes /
Intérprete: Claudiene Albuquerque)
“Insano remendo” (Compositor: Tito Rosino / David Valente)
“Alumiar” (Compositor e intérprete: Tom Drummond)
“Então Agora” (Compositor e intérprete: Di Castro)
“Gota do Sol” (Compositor e intérprete: Kelson Kizz)
“Pede pra sair” (Compositor: Márcio Cardoso / Intérprete: Roberta Fiuza)
“Transmuda” (Compositores e intérprete: Paulo Kalu e Andreia Vicente)
“Inúmeras Mulheres” (Compositor: Ademar Pedrosa / Intérprete: Anderson Moises)
“Valsa Noturna” (Compositores e intérprete: Zé Roraima e Paulo José Cunha)
“Sonhador” (Compositor e intérprete: Sou Juan)
“Pedra Cinza” (Compositor: Lucian Moura / Intérprete: Monique Gonçalves)
“Olhem para o céu” (Compositora e intérprete: Marília Lima)
“Como é que tu tá” (Compositor e intérprete: Rafael Sales)

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