O poder e a força política expressa na arte fazem a voz romper a casca de instrumento musical e ser também ferramenta de luta. Em tempos de maior diversidade na indústria fonográfica, O Otimista destaca artistas LGBTQIAP+ brasileiros que são expoentes em seus estilos. Elas e eles têm ganhado visibilidade por exigirem representatividade, expondo problemas ainda enfrentados pela comunidade, além de incluírem demandas feministas, educacionais e raciais, por exemplo.
Nesse meio, no qual os artistas são formadores de opinião e arrastam multidões, a defesa de um posicionamento se faz fundamental e indispensável. Este 28 de junho, Dia do Orgulho LGBT+, é momento de enaltecer esses talentos que levantam a bandeira da diversidade.
Daniela Mercury

Musa pioneira do axé music, com mais de 30 anos de carreira, a cantora e dançarina é casada com Malu Verçosa e tem três filhas. Com Swing da Cor e O canto dessa cidade, Daniela ganhou o estrelato internacional.
Gloria Groove

GG é uma das artistas LGBT que mais brilham no cenário musical brasileiro, atualmente, pela versatilidade entre pop, funk e rap, com apelo até entre o público infantil. Um de seus trabalhos mais recentes é o álbum Lady Leste.
Jão

O artista iniciou carreira em 2016, quando gravava covers em seu canal no YouTube. Recentemente, confirmou ser bissexual. O álbum Pirata, lançado no ano passado, aumentou a projeção do cantor e, em março, ele lançou o single Sim, parceria com Nando Reis.
Liniker

Ela passeia entre MPB, soul, samba e outras inspirações. Aborda temas importantes como representatividade e ativismo, especialmente como uma mulher trans e negra. Ela, agora, roda o Brasil com a turnê Índigo Borboleta Anil.
Ludmilla
Musa do funk desde quando se identificava como MC Beyoncé, hoje é casada com a bailarina Brunna Gonçalves. Influenciada por R&B e pagode, Lud tem muito engajamento nas mídias sociais e milhões de visualizações no YouTube.
Linn da Quebrada
Linn da Quebrada é cantora, compositora, atriz e ativista. Ganhou mais projeção após participação no Big Brother Brasil (TV Globo) este ano, sendo um dos principais ícones LGBT+ do País e inspirando discussões sociais importantes. Ela se identifica como travesti e defende ser chamada assim.
Ney Matogrosso

Um dos ícones a passar pela edição do último fim de semana do Rock in Rio Lisboa, Ney retomou agenda internacional de shows após dois anos de pandemia. Com carreira que soma mais de 50 anos, se popularizou com os Secos & Molhados até alcançar reconhecimento mundial com a carreira solo. Namorou o cantor-compositor Cazuza.
Pabllo Vittar
A drag queen de maior sucesso no Instagram também foi a primeira a cantar no palco do festival Coachella. A popularidade ganhou a TV, o cinema e até o campo político, defendendo as pautas de esquerda. O sucesso foi quase instantâneo com os hits do primeiro álbum: Vai Passar Mal e as faixas K.O e Corpo Sensual.