O recém-lançado livro Cineteatro São Luiz celebra as seis décadas de existência do equipamento situado na Praça do Ferreira, através de fotos e relatos. Em bate-papo com O Otimista, Gentil Barreira, um dos realizadores, fala sobre a importância do equipamento para a vida cultural de Fortaleza
Danielber Noronha
danielber@ootimista.com.br
Às margens da Praça do Ferreira, histórias se desenham em frente ao Cineteatro São Luiz, um dos maiores equipamentos culturais do Ceará, que coleciona seis décadas de existência – alcançadas em 2021. Como forma de celebrar a importância do equipamento, o fotógrafo Gentil Barreira e a Terra da Luz Editorial lançaram esta semana o livro Cineteatro São Luiz. A obra traz texto da jornalista Ethel de Paula e fotografias do arquivo Nirez, acervo Cineteatro São Luiz, acervo Imagem Brasil e da bagagem do próprio Gentil.
A ideia do projeto é, ao longo de 160 páginas, mergulhar na trajetória do espaço, compilando bastidores, fotos marcantes e relatos de artistas, produtores culturais, gestores, espectadores e apreciadores sobre o patrimônio cultural, histórico e artístico do Estado. O livro-reportagem tem edição bilíngue (português e inglês).

Eternizar memórias
Capitanear este projeto, segundo Gentil Barreira, foi como fazer uma viagem ao passado, mais especificamente aos tempos de infância. “Como fortalezenses, todos temos uma relação com o Centro e com o São Luiz. Na época em que era menino, para ver um filme, precisava ir ao São Luiz, não havia televisão nem internet. Mas, precisava de paletó para entrar. Demorei muito a ter um e, enquanto isso, era somente um sonho. Até que um dia tive a oportunidade de realizá-lo”, resgata Gentil.
O livro, segundo o fotógrafo, nasceu, dentre outras coisas, a partir do senso de preservar a memória cultural do Ceará. “É quase um dever que a gente tem, um compromisso com a Cidade, de eternizar estes espaços”, endossa. A publicação, acrescenta, passa também por lugar de identificação com o que é genuinamente cearense. “Os equipamentos culturais podem oferecer muito mais do que a gente pode imaginar. Tem uma questão muito séria de identidade. ‘Eu pertenço a uma cidade que tem um Cineteatro como o São Luiz’”, reforça.
Mais
A publicação contará com versão digital acessível, disponível por meio de código QR-code impresso nos exemplares e veiculado gratuitamente no site da editora Terra da Luz Editorial. Com o intuito de garantir a acessibilidade para pessoas com deficiência visual também foram disponibilizadas 20 lâminas impressas em braile de algumas de suas principais páginas, para serem manuseadas pelos visitantes que frequentam o Cineteatro São Luiz e a Biblioteca Pública do Estado do Ceará (BECE).
Serviço:
Livro Cineteatro São Luiz
Textos: Ethel de Paula
Fotos: Arquivo Nirez, acervo Cineteatro São Luiz, acervo Imagem Brasil e Gentil Barreira.