Em casa, no trabalho ou acompanhados de quaisquer exercícios físicos, os alongamentos são um passo essencial para fazer o corpo respirar. Segundo especialistas, tal prática é simples e ajuda a melhorar o condicionamento, evitar lesões e auxilia em processos de reabilitação
Danielber Noronha
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Com apenas alguns minutos realizando movimentos simples, sem a necessidade de aparelhos rebuscados, seu corpo tem muito a ganhar, seja do ponto de vista físico e até mesmo emocional. O caminho para tais conquistas é um velho conhecido de muita gente: o alongamento. O ato consiste em uma técnica que permite aumentar a extensibilidade entre músculo e tendão do tecido conjuntivo periarticular e, consequentemente, prolongar a flexibilidade articular, segundo explica Welton Godinho, presidente da Comissão de Educação Física e Saúde do Conselho Regional de Educação Física (CREF5-CE).
A plataforma Saúde Brasil, vinculada ao Ministério da Saúde, ressalta que exercícios de alongamento trazem benefícios à saúde em todas as faixas etárias. Dentre os ganhos, estão melhora na circulação do sangue, ampliação da mobilidade das articulações e fortalecimento dos ligamentos e tendões. A prática também auxilia no equilíbrio corporal, pilar que tem relação direta com o envelhecimento saudável.
De acordo com um estudo publicado na revista Corpus et Scientia, a prática de alongamento pode se traduzir também em ganhos ao bem-estar emocional, melhorando a estética e o condicionamento, e interferindo também no estado de humor dos adeptos, podendo torná-lo mais positivo.
Quando se alongar?
“Eles podem ser utilizados antes do aquecimento, que é outra etapa importante, pois visa aumentar o fluxo sanguíneo para a musculatura que será exercitada. Embora existam mecanismos neurais que já fazem essa antecipação, o alongamento e o aquecimento promovem uma melhor distribuição do fluxo sanguíneo”, ressalta Godinho. “Pode ser utilizado após o aquecimento, após o esforço físico, como relaxamento da musculatura, para a manutenção do funcionamento normal do músculo, objetivando evitar lesões. Em algumas modalidades, pode melhorar performances e auxiliar na reabilitação após um processo lesivo”, acrescenta o também mestre em Fisiologia Humana.
Uma das vantagens do alongamento é que pode ser praticado em casa ou no trabalho, sem a necessidade de muito espaço, com o intuito de aliviar as tensões musculares. “Ele ainda pode ser estático, quando mantemos uma posição estirada, entre 15 e 20 segundos, ou pode ser dinâmico, quando são repetidos movimentos que exploram a mobilidade articular”, explica Godinho.
O indicado é procurar a orientação de um profissional antes de começar. Ele levará em consideração condições físicas, e poderá preparar uma sequência lógica e personalizada de execução para ser seguida, evitando qualquer lesão ou dificuldade. “Os mais utilizados são aqueles que trabalham com articulações mais móveis, como as do ombro e do quadril. A gente tem um princípio chamado princípio da especificidade, voltado ao treinamento esportivo, que diz que quanto mais específico for, mais detalhado deve ser aquele exercício ou alongamento”, completa o especialista.
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Dicas de como se alongar:
– Alongue-se sempre que puder, no trabalho, nos afazeres domésticos e no tempo de lazer;
– Procure relaxar durante o momento;
– Respeite os limites do corpo, evitando fazer movimentos mirabolantes e que causem dor ou desconforto excessivo;
– Respire de forma lenta, inspirando pelo nariz e expirando pela boca;
– Os movimentos podem ser feitos com uma música agradável de fundo.
Fonte: Saúde Brasil (Ministério da Saúde)