Além de fortalecer a imunidade, o zinco traz outras séries de benefícios para a saúde

Embora estudos recentes descartem o zinco como remédio anti-covid-19, o mineral é essencial para o fortalecimento do sistema imunológico e desempenha diversas outras funções no corpo. Saiba onde encontrá-lo     

Naara Vale
naaravale@ootimista.com.br

Estar livre de todas as doenças existentes ainda não é possível, mas há diversas formas de preparar o corpo para combater a maioria delas ou, pelo menos, estar mais forte caso elas apareçam. Além de seguir a fórmula mágica para a saúde (alimentação balanceada + atividade física regular), vale a pena investir no consumo de alguns nutrientes que serão aliados no fortalecimento do sistema imunológico. Um deles é o zinco.

Presente em mais de 300 enzimas do corpo humano, o zinco desempenha diversas funções no organismo. “O zinco é um mineral super importante para o nosso corpo porque ele participa de várias reações químicas. Por isso, quando estamos deficientes dele, podemos ter alterações que vão desde queda na imunidade até o prejuízo na função da tireoide”, explica a cardiologista e nutróloga Aloyra Guimarães.

Segundo a médica, o zinco tem ação antioxidante, auxilia na absorção de vitamina A, é importante para a saúde capilar e “ainda há estudos dele como auxílio no tratamento de depressão”, complementa. Além de reforçar a importância do zinco para o sistema imunológico, estudo científico publicado pelo Departamento Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo (USP), destacou também a atuação do zinco junto ao hormônio do crescimento e no desenvolvimento cognitivo. Além disso, o estudo relaciona o mineral também à saúde reprodutiva.

Deficiência

A forma mais comum de dosar a quantidade de zinco no corpo é através de exames de sangue, que detectarão se é necessária uma suplementação do mineral. Sua deficiência pode causar alterações fisiológicas como hipogonodismo (quando o homem produz pouca testosterona), lesões de pele, anorexia, retardo do crescimento, alterações do sistema imune e danos neuropsicológicos.

“Como ele não é produzido no nosso corpo, precisamos obtê-lo na alimentação. Os alimentos mais ricos são os de origem animal como carne bovina, fígado, ostras. Vegetarianos ou veganos podem consumir sementes de abóbora e amêndoas como boas fontes de zinco. Pessoas com em bom estado de saúde e que tenham uma dieta variada e rica nestes alimentos já seria suficiente para manter os níveis ideais para o nosso organismo”, orienta a Aloyra Guimarães.

Como consumir

Conforme o estudo da USP, “os alimentos diferem no seu conteúdo de zinco, variando de 0,002mg/100g de clara de ovo, 1mg/100g de frango até 75mg/100g de ostras. Mariscos, ostras, carnes vermelhas, fígado, miúdos e ovos são consideradas as melhores fontes de zinco. Nozes e leguminosas são fontes relativamente boas de zinco. O consumo de zinco é influenciado pela fonte proteica da dieta, assim, dietas constituídas de ovos, leite, frango e peixe têm menor razão zinco/proteína do que aquelas de mariscos, ostras e carnes vermelhas”, relata o artigo.

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