Cearense Marco Forte lança álbum com regravações de grandes intérpretes e compositores

Cantor cearense Marco Forte lança o álbum digital “Marco”, que traz composições de grandes personalidades da música popular brasileira marcantes em sua vida e que sempre teve vontade de gravar. A edição física da obra deve ser lançada em julho.

Emanuel Furtado
jrmanu@gmail.com

Um disco pessoal, de memórias e de afetos, com repertório que relembra a adolescência e seus momentos musicais. É como o filósofo e cantor cearense Marco Forte define o seu primeiro álbum, o qual intitulou “Marco”. A obra, que pode ser conferida nas plataformas digitais (Spotify, YouTube Music, Deezer, Apple Music), homenageia grandes compositores brasileiros e suas consagradas canções. Chico Buarque, Noel Rosa, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Geraldo Azevedo e Gilberto Gil estão entre eles.

O álbum tem direção musical e arranjos do produtor e guitarrista paulista, Rovilson Pascoal, que toca na maioria das suas 10 faixas. Conduzidos por cordas, os arranjos são acompanhados por cavaquinho, violão e baixo, assim como por piano, triângulo e percussão. Gravado em São Paulo (2018), o disco foi mixado e masterizado em meados
da primavera do ano passado, após vasta pesquisa musical.

Marco Forte lembra que o processo de seleção das músicas começou ainda em 2017, quando foi ao estúdio de Rovilson Pascoal (são amigos desde 2006) com a ideia de fazer um single. “Ele disse: ‘monta para mim um monte de música que você tem vontade de gravar’. Então eu fiz a pré-produção, chamei um violonista amigo meu aqui do Rio [o cantor é radicado no Rio de Janeiro] e eu gravei cerca de 50 músicas que eu sempre gostei e sempre tive vontade de gravar, como é o caso de ‘Porteira’ (Caetano Veloso), que eu ouvia”, explica o músico.

Ele relembra que, quando adolescente, ganhava discos e também usava a “mesadinha” para adquiri-los. “Quando não era do Chico [Buarque] ou do Caetano, era de alguém que gravasse canções deles. Mas a escolha foi essa. Foi pautada no que eu sempre gostei de ouvir, nas músicas que me tocam, me emocionam. No período em que eu vivi na adolescência, na casa dos meus avós [Fortaleza], a maioria dessas músicas eu ouvia muito no meu quarto”, conta. “Músicas que sinto que são verdadeiras para mim”, acrescenta ele.

O cantor diz que ainda não sabe como vai ser a distribuição física do álbum. “Ele foi lançado digitalmente pelo selo paulistano Nova Estação. Eu vou começar a trabalhar mesmo nisso a partir de março, mas eu pretendo que a edição física saia em julho. E, claro, eu adoraria fazer um show na minha terra (Fortaleza), porque além de fazer o show e mostrar um trabalho, é uma forma de depois encontrar os amigos e as pessoas que gosto tanto aí”.

Álbum “Marco”

O artista abre o disco com a composição de Geraldo Azevedo e Renato Rocha, “Inclinações Musicais”, para, na sequência, interpretar “Depois do Natal”, de João Donato e Lysias Enio, imortalizada na voz de Nana Caymmi (uma de suas cantoras favoritas, assim como Gal Costa). Chico Buarque é o próximo artista homenageado, através da sua “Novo Amor”. Com o bolero “Caso de Polícia”, ele chama o saudoso Moraes Moreira para sua obra e, através do baiano Gilberto Gil, nos mostra “Febril”.

“Pela Décima Vez”, de Noel Rosa, inicia a segunda metade do disco. Já Caetano Veloso entra na obra com “Porteira”, canção composta para o musical Miss Banana (1986). Marco também nos apresenta o forró “Você e Tu”, dos baianos Tuzé de Abreu e Gereba – que traz participação da cantora cearense Paula Tesser -, assim como “Nada de novo”, de Paulinho da Viola. O cantor encerra a sequência de músicas com “Cantiga de Vendo”, de Sueli Costa e Luiz Sérgio Henriques.

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