O eterno emagrece e engorda é uma realidade para muita gente. Saiba mais sobre os problemas e as saídas para não viver em um eterno efeito sanfona
Naara Vale
naaravale@ootimista.com.br
Consumir alimentos variados e em quantidade adequada, gastar mais do que consome e não fazer da comida uma válvula de escape para todos os problemas. A fórmula mágica do emagrecimento e da manutenção de peso quase todo mundo conhece. O difícil mesmo é conseguir segui-la sempre. Para muita gente, é mais fácil se entregar ao sedentarismo e à má alimentação e depois recorrer a dietas restritivas ou a remédios para emagrecimento. É aí que o corpo entra num eterno efeito sanfona.
O servidor público Rafael Benevides sabe bem como é viver nesse looping de perda e ganho de peso. Desde que saiu da adolescência e entrou na jornada de estudo, trabalho e menos tempo para fazer atividades físicas, ele já passou pelo processo de engorda e emagrecimento cerca de oito vezes.
Já foram muitas as idas a nutricionistas, dietas e tentativas de manter o peso desejado por ele. “Tudo começa no quesito sanidade mental. Se estou com alguma demanda a ser resolvida, seja no campo emocional, profissional ou afim, me gera uma ansiedade, que é sanada quase que imediatamente, mas bem passageiro, com o prazer que a comida proporciona!”, conta ele, que depois de emagrecer bastante no início do ano, voltou a ganhar peso durante o isolamento social rígido e agora está no seu peso ideal através de uma dieta equilibrada e exercícios físicos.
A nutricionista esportiva e clínica Patrícia Lima explica que uma das principais causas do efeito sanfona são as dietas muito restritivas, as quais o paciente não consegue manter durante muito tempo e acaba voltando a comer em excesso. “Pessoas que estão sempre procurando dietas da moda e associando isso a laxantes, diuréticos, remédios, sem nenhum acompanhamento profissional, sempre estão suscetíveis ao efeito sanfona”, diz a profissional.
Segundo ela, a privação alimentar faz o organismo entender que precisa gastar menos energia e desacelera o metabolismo como forma de autopreservação. Além disso, o efeito sanfona pode trazer danos à saúde, como enfraquecimento do sistema imunológico, doenças coronarianas, hipertensão, elevação do colesterol, além efeitos psicológicos, como depressão e ansiedade.
Mudança de hábito
Se a ideia é emagrecer e manter o peso alcançado, o primeiro passo é entender que isso é um processo que requer paciência, persistência e constância. Dietas com data para começar e acabar, com promessa de perda de peso fácil e rápida, podem gerar o efeito rebote e fazer você ganhar os quilinhos tão ou mais rápido do que perdeu.
Para dar certo qualquer tipo de dieta, você precisa estar consciente de que seu corpo só vai mudar para sempre quando você mudar seus hábitos definitivamente. Isso não quer dizer que nunca mais na vida você vai comer chocolate, bolo ou macarrão. A diferença é que, na dieta equilibrada, esse tipo de alimento é a exceção, e não a regra. Já o exercício físico, sim, deve se tornar uma regra constante e inviolável.
Conforme a nutricionista Patrícia Lima, a melhor estratégia para ter realmente um emagrecimento saudável é uma reeducação alimentar de acordo com a sua individualidade, com as suas preferências alimentares e com o seu estilo de vida e limitações. “A pessoa deve procurar um profissional que ajude-a a encontrar uma reeducação alimentar de acordo com o seu perfil e associar isso a uma atividade física regular para que ela consiga levar esse estilo de vida para sempre”, ensina a especialista.
Dicas para manter o foco
– Não atribua valores morais à comida para não cair no ciclo de restrição e exagero.
– Estabeleça horários para se alimentar e tente não “beliscar” o tempo todo.
– Sinta a saciedade muito mais com o cérebro do que com o estômago. Coma com calma e mastigue bem os alimentos.
– Estabeleça metas e não aposte no imediatismo.
– Não desista das atividades físicas
– Beba bastante água
(Fonte: Uol/VivaBem)






















