Técnica milenar, a hipnose se coloca como opção para as pessoas diminuírem a ansiedade causada pelo cotidiano, atrelada à traumas do passado
Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com.br
Tremor nas mãos ou em outra parte do corpo, sensação de fraqueza ou cansaço, aumento do suor, respiração ofegante ou falta de ar e náusea. Além desses, são muitos os sintomas físicos causados pela ansiedade, considerada uma das grandes doenças do século. Tratá-la com profissionais capacitados é uma atitude que se faz necessária para melhorar a saúde e criar uma maior harmonia com o cotidiano.
Entre as técnicas e terapias que ajudam a diminuir a ansiedade está a hipnose e a auto-hipnose. “Para melhorar e tratar esse problema, a gente mostra para o cérebro da pessoa, através da hipnose, que aquele perigo não está ali, que ele aconteceu em outra hora. Fazemos isso através de uma regressão e mostramos para o cérebro que aquela criança que sofreu determinado processo, provocando ansiedade lá atrás, já não mais acontece”, explica o psicólogo João Paulo Jucá.
Pós-graduado em Psicologia Clínica e também formado como Hipnoterapeuta pela OMNI (OMNI Hypinosis Training Center), João Paulo destaca que a hipnose ensina a pessoa a mudar sua própria fisiologia, a praticar meditação, assim como ensina a fazer uma prática de respiração diafragmática, que é mais profunda e completa. “Através dessas técnicas, a gente ensina ao próprio organismo e ao próprio cérebro como reagir diante de situações que outrora fizeram com que a pessoa sentisse ansiedade, mas agora de forma mais calma. Todas essas técnicas vão atuar como uma prevenção a novas crises. A tendência é que a pessoa se torne cada vez mais tranquila diante dessas situações e a ansiedade venha cada vez menos”, diz ele.
Segundo o hipnoterapeuta, qualquer pessoa tem a capacidade de hipnotizar. “No Brasil, a hipnose e a hipnoterapia são práticas livres. Os cursos não são regulamentados por nenhum órgão ou instituição. Dessa forma, qualquer pessoa pode fazer um curso, aprender por um livro ou mesmo aprender pelo YouTube. Aprendendo a hipnotizar, ele pode utilizar dessa técnica livremente”, explica ele. E acrescenta: “Isso é uma vantagem, porque o conhecimento pode passar livremente, mas pode ser uma desvantagem porque não temos algum órgão que regulamente, que tenha regras, que dê qualidade àquilo que está sendo passado”.
João Paulo Jucá lembra que no Brasil algumas profissões regularizam o uso da hipnose. “Os profissionais de Medicina, de Fisioterapia, Odontologia e Psicologia têm a hipnose regulamentada e esses profissionais precisam seguir as normas desses regulamentos, dessas profissões correspondentes”, lembra.
De acordo com ele, há muitos anos começou-se a criar mitos sobre a hipnose. “Por não conhecer a técnica, muitos acham que as pessoas podem ficar presas no transe e nunca mais voltar; que as pessoas podem fazer coisas que não querem e até mesmo voltar com a mente prejudicada. Nada disso é verdade. Hoje a hipnose é estudada pela ciência, por diversas universidades nacionais e internacionais, como a Universidade de Montreal, no Canadá, assim como em Oxford, Standford e Harvard”, desmistifica.
MAIS
www.joaopaulojuca.com.br
@tonlucas / www.tonlucashipnose.com.br / www.tonlucas.com
www.hipnose.com.br
www.institutohipnologia.com.br
www.sociedadeinteramericanadehiponose.com
www.hipnoseinstitute.org
CURIOSIDADE
O pêndulo é considerado uma figura sempre associada à hipnose. “Apesar de que é um mito. Ele não é algo necessário hoje em dia. A gente sempre arremete a hipnose àquela imagem do pêndulo , mas é apenas um estereótipo”, explica o psicólogo e hipnoterapeuta, Ton Lucas.
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