Vai começar a maratona de Carnaval. Para conseguir curtir todos os dias numa boa, é preciso moderar na bebida e ter alguns cuidados com a saúde. Confira as dicas dos especialistas
Naara Vale
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Quem gosta, brinca e curte Carnaval sabe que o rojão é puxado. São pelo menos quatro dias por horas e horas em pé, pulando e dançando, na maioria das vezes, debaixo de um sol escaldante, acompanhado de um aglomerado de gente ao redor. Para conseguir aguentar firme essa maratona até o fim, o corpo precisa estar preparado e alguns cuidados devem ser redobrados durante os dias de folia.
Consultamos especialistas trouxemos aqui as melhores dicas para você chegar na quarta-feira de cinzas pronto para curtir o próximo final de semana!
Sexo só se for com segurança
Seja com quem for, use camisinha. Ela não serve apensa para não engravidar, ela te protege de várias doenças sexualmente transmissíveis. Parece óbvio dizer isso, mas dados da Organização das Nações Unidas (ONU) têm mostrado que têm aumentado os índices de novas infecções por HIV no Brasil. Entre 2010 e 2018, o País apresentou um aumento de 21% no número de novos casos. “Seja cuidadoso na escolha do(a) parcerio(a) e sempre use o preservativo, masculino ou feminino, nas práticas sexuais (vaginal, oral, ou anal)”, alerta o ginecologista Eleutério da Costa.
Atenção, beijoqueiros!
Não é só sexo que pode transmitir doença. A troca de salivas e secreções orais dos beijos na boca também podem trazer riscos. “É frequente a transmissão de vírus da herpes. Também tem sido descrito transmissão de bactérias patogênicas e até HPV. Quanto maior o número de pessoas beijadas, maior o risco de alguma infecção”, explica o médico Euletério da Costa.
Cuidado com olhos
Na temporada dos glitters e cílios postiços, os cuidados com irritações nos olhos devem ser redobrados. Feche bem os olhos antes de aplicar o glitter e não exagere na pálpebra para evitar que caia no olho. O oftalmologista Thiago Leite lembra que a cola de cílios precisa ser completamente removida após o uso. Uma dica é usar xampu neutro infantil que não arde os olhos ou um demaquilante. “Juntar muita maquiagem, glitter e suor pode dar irritação. Se estiver incomodando muito, deixando o olho vermelho, irritado, tem que fazer uma consulta para avaliar se não tem nenhum arranhão na córnea”, explica. Atenção também com as espuminhas de carnaval. Óculos escuros são uma boa opção para proteger.
Alimentação e hidratação
Itens básicos de sobrevivência no Carnaval. Antes de sair de casa, tome um café da manhã reforçado, com carboidratos que te deem energia ao longo do dia. Todas as refeições (sim, não pode esquecer de almoçar e jantar) devem seguir o mantra: pratos balanceados. Se você está na rua e só tem aquele carrinho de lanche, fique atento à higiene do local. Limpar as latinhas antes de botar na boca também é uma boa dica. Outra coisa primordial para curtir a folia numa boa é hi-dra-ta-ção. O álcool faz o corpo desidratar mais rápido, então, lembre-se sempre de, entre uma cervejinha e outra, tomar também uma garrafa de água. E, claro, não abuse do álcool.
Para prevenir a ressaca
“Apesar de várias medicações sugerirem prevenção à ressaca, a única forma garantida atualmente para prevenção é evitar o álcool. Mas se for beber, opte pela moderação. Lembrar ainda que alguns dos sintomas da ressaca são significativamente relacionados à duração e qualidade do sono”, recomenda o gastroenterologista Fred Olavo. Algumas formas de evitar ou diminuir os efeitos do álcool: Comer primeiro antes de ingerir álcool (o álcool é absorvido mais rapidamente no estômago vazio); ingerir a bebida alcoólica devagar; escolher a “melhor” bebida; ingerir água antes e durante a ingestão da bebida.
Outras dicas
Substâncias como pó de guaraná e energéticos aumentam o pique, mas como são ricas em cafeína atrapalham o sono, causam gastrite e sobrecarregam o organismo, podendo levar até à arritmia cardíaca.
O ácido acetilsalicílico, presente em alguns remédios para ressaca, pode provocar gastrite, principalmente quando o estômago já está comprometido. O paracetamol associado ao álcool pode levar a alterações de funcionamento do fígado.
Fonte: www.minhavida.com.br / Infectologista da Unifesp, Paulo Olzon Monteiro da Silva
