Menos divertido que os anteriores, Minha Mãe É Uma Peça 3 ainda é uma comédia deliciosa. O novo longa estrelado por Paulo Gustavo chega aos cinemas hoje
O terceiro filme da franquia que conta as venturas e desventuras de Dona Hermínia Vieira Amaral, a personagem caricata de Minha Mãe É Uma Peça, chega às salas de Fortaleza nesta quinta-feira (26). Ainda embalado pelo sucesso do primeiro (2013) e segundo (2016) filmes, o terceiro mantém a fórmula, mas derrapa em alguns momentos na pieguice ao tentar abordar de forma muito superficial temas como a síndrome do ninho vazio, bullying e a união homoafetiva.
Mesmo assim, Minha Mãe É Uma Peça 3, dirigido por Susana Garcia, que também divide o roteiro com Paulo Gustavo e Fil Braz, mantém o potencial para agradar os fãs da desbocada dona-de-casa de Niterói que, agora, morando só e sem a companhia de sua tia Zélia (Suely Franco), que funcionava como suporte afetivo e válvula de escape, tem que lidar com o abandono dos filhos, cada um seguindo sua vida, e aos avanços amorosos do ex, Carlos Alberto (Herson Capri).
O que ainda torna Minha Mãe uma comédia gostosa de se assistir é a identificação imediata do público com a Hermínia de Paulo Gustavo, inspirada completamente na mãe do ator e roteirista, Déa Lúcia. Na hiperativa Dona Hermínia podemos identificar uma mãe, tia, vizinha, colega de trabalho ou uma amiga, que, ao mesmo tempo que incomoda, diverte.
As situações corriqueiras ganham uma dimensão pra lá de over (o acerto do roteiro), o que faz a delícia desta já consagrada comédia nacional. No entanto, há quebra do ritmo toda vez que o autor tenta inserir (ou forçar) uma crítica social ou um conflito que o espectador vai achar ter surgido do nada, como é o caso da animosidade de Dona Hermínia com a futura sogra do filho Juliano (Rodrigo Pandolfo) ou do novo namorado de Marcelina (Mariana Xavier).
Mas o núcleo familiar de Hermínia, formado também pelas irmãs Iesa (Alexandra Richter) e Lúcia Helena (Patrycia Travassos), traz momentos deliciosos, como sintetiza a frase de Hermínia: “Ela colocou nós três no mesmo quarto partindo da suposição que a gente se ama”. Quem tem irmã(s) também vai adorar!






















